O projeto do governo estadual que prevê um aumento de 14,9% do salário mínimo no Paraná voltou para a Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa. Nesta terça-feira (31) o assunto iria para a segunda votação, mas deputados do bloco de oposição e o deputado Mauro Moraes (PMDB) apresentaram novas emendas ao projeto, que precisará passar pela segunda, e definitiva, votação na próxima semana. Na segunda-feira (30) o texto foi aprovado por unanimidade em primeira votação.
O aumento abrange seis faixas salariais e o valor varia entre R$ 605,52 e R$ 629,65 para o piso regional. "Só tenho a lamentar este comportamento oportunista dos deputados da oposição. Na hora em que o governo se esforça para conter a crise, eles querem generalizar a questão. Mas o projeto volta ao plenário na próxima semana e será votado em tempo para sanção do governador no dia 1º de maio", disse o deputado Waldyr Pugliesi, líder do PMDB na Assembleia, ao site de notícias da Casa.
Segundo o governo estadual, o novo piso salarial deve representar um impacto de R$ 754 milhões na economia paranaense. O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) estima o novo piso regional deve beneficiar até 453 mil trabalhadores diretos e indiretos.
O percentual seria aplicado àqueles que não têm acordo coletivo e apenas para a iniciativa privada, entretanto, a emenda da ala oposicionista estipula que seja estendido aos servidores estaduais, civis e militares.
"Precisamos garantir o piso mínimo ao setor público compatível com o setor privado", defendeu o líder da oposição, Élio Rusch (DEM). Emenda com texto similar foi apresentada pelo deputado Mauro Moraes (PMDB), estipulando que o percentual de 14,9% seja aplicado no vencimento básico de policiais civis e militares.
O caso
A proposta de reajuste foi anunciada pelo secretário estadual de planejamento, Enio Verri, no dia 3 e foi recebida no dia 9 pelo presidente da Casa, Nelson Justus (DEM). Nesta segunda-feira, o reajuste foi aprovado em reunião extraordinária pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e em seguida no plenário.