Depois de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, é a vez de empresas investigadas pela Operação Lava Jato -- que apura esquema de desvio de dinheiro na Petrobras -- fecharem um acordo de delação premiada em troca de penas mais brandas.Se confessarem a participação no esquema, podem pagar multas que superam R$ 1 bilhão, de acordo com reportagem do jornal "Valor".
As empreiteiras suspeitas de envolvimento negociam o valor com o Ministério Público Federal, o Conselho Administrativo de Defesa da Economia (Cade) e a Controladoria-Geral da União (CGU).
As multas devem ser altas pois as empresas em questão têm receitas elevadas, um parâmetro para determinar o valor a pagar. Além disso, a quantidade de crimes praticados é levada em consideração, diz o jornal.
Deflagrada em 17 de março pela Polícia Federal, a Lava Jato desmontou um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que movimentou cerca de R$ 10 bilhões. Os suspeitos, segundo a operação, eram responsáveis pela movimentação financeira e pela lavagem de ativos de diversas pessoas e companhias envolvidas em diferentes crimes.
Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, aceitou devolver aos cofres públicos cerca de R$ 70 milhões, entre dinheiro e bens, por causa de sua participação em crimes ligados à estatal.
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