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A força tarefa da Operação Lava Jato investiga a participação de uma nova empresa de publicidade no esquema. Segundo o procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, há um registro do pagamento de R$ 1,5 milhão a mando de João Vaccari para a Editora Gráfica Atitude, de São Paulo, mesmo sem prestação de serviços. Segundo o procurador, a situação foi delatada pelo executivo Augusto Mendonça, em delação premiada, e é referente à campanha presidencial de 2010.

“O serviço nunca foi prestado e para a investigação fica claro que foi para quitar o pagamento de propina mesmo”, explica o delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula. “Isso se trata de uma operação isolada informada por um dos delatores em que o João Vaccari teria determinado que um valor correspondente a propina de um contrato na Petrobras fosse pago através de uma gráfica de São Paulo”, acrescenta o delegado.

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“Muitas empresas são forçadas a entrar no esquema para conseguir trabalho”, afirma Lima sobre a participação de empresas de publicidade e propaganda no esquema. Segundo o procurador, a orientação é que os executivos entrem em contato com a PF para delatar qualquer irregularidade.

Lima afirmou ainda que a área de publicidade é muito utilizada para desvio de recursos. Segundo o procurador, a força tarefa ainda investiga a origem de todos os recursos desviados dessa maneira. A força tarefa pediu ainda a quebra de sigilo fiscal e financeiro da Gráfica Atitude, mas ainda aguarda decisão judicial.

Mais de 200 empresas

Durante cumprimento de um mandado de busca e apreensão da 11º fase da Lava jato, na última sexta-feira (10), a Polícia Federal encontrou com o ex-deputado federal André Vargas uma lista com cerca de 200 empresas do ramo de publicidade usadas no esquema. O fato foi revelado no despacho do juiz federal Sérgio Moro, que converteu a prisão temporária do publicitário Ricardo Hoffmann em preventiva, desta terça-feira (14).

“Na diligência de busca e apreensão na residência de André Vargas, foi apreendida uma planilha que indica o pagamento de cerca de R$ 3,7 milhões à empresa Limiar (pertencente a André Vargas e Leon Vargas) por parte mais de duas centenas de empresas ligadas ao mercado de publicidade, como produtoras e gráficas”, diz um trecho do despacho. Segundo a PF, há empresas paranaenses envolvidas no esquema.

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