Brasília - O ex-senador e empresário do setor de transportes Valmir Amaral (PTB-DF) acusou ontem deputados distritais de negociarem propina com o sindicato das empresas de transporte do Distrito Federal para aprovar a lei do passe livre, que isenta o pagamento de passagem para estudantes e deficientes físicos.
Entre os envolvidos estariam o presidente da Câmara Legislativa do DF, Leonardo Prudente (DEM), e a líder do governo, Eurídes Brito (PMDB).
Segundo Amaral, empresas de ônibus teriam pago R$ 1 milhão a deputados para que eles alterassem uma lei enviada pelo governador José Roberto Arruda (DEM) e mais R$ 600 mil para que os deputados distritais derrubassem o veto.
Subsídio
A lei assinada por Arruda estabelecia um subsídio de R$ 4 milhões mensais às empresas do ramo de transporte e os deputados teriam cobrado dinheiro para dobrar o benefício previsto pelo projeto do governador.
A denúncia foi feita por Amaral antes da coletiva do presidente da Câmara Legislativa justificando o vídeo no qual é flagrado pondo dinheiro em seu terno e em suas meias. Dono do "Grupo Amaral", o ex-senador disse que o sindicato cobrou R$ 170 mil de sua empresa. Ele teria se recusado a pagar a propina.