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Paulo Santiago diz que pagou mansão em dinheiro vivo | Antônio Cruz/ABr
Paulo Santiago diz que pagou mansão em dinheiro vivo| Foto: Antônio Cruz/ABr

O depoimento do empresário Walter Paulo Santiago, dono da Faculdade Padrão, à CPMI do Cachoeira complicou ainda mais a situação do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). O empresário, que afirma ter comprado uma casa do governador, contradisse no depoimento de ontem a versão do governador sobre a venda do imóvel, localizado em um condomínio de luxo em Goiânia. Foi nesta casa que o contraventor Carlinhos Cachoeira, amigo de Walter Paulo, foi preso pela Polícia Federal no último dia 29 de fevereiro.

O governador Perillo vem afirmando que recebeu três cheques (dois de R$ 400 mil e um de R$ 600 mil), que somam R$ 1,4 milhão pelo imóvel. No entanto, Santiago afirmou ontem que pagou pela casa em dinheiro, "em notas exclusivas de R$ 50 e R$ 100".

"Entreguei na minha casa os pacotinhos", disse o empresário.

Segundo ele, o dinheiro foi entregue em julho a Lúcio Fiuza, assessor especial de Marconi Perillo, e a Wladimir Garcez, apontado pela PF como braço direito de Cachoeira.

Em relação a Garcez, diz o empresário, também foi paga uma comissão extra de R$ 100 mil pela intermediação do negócio. Ele afirma nunca ter se encontrado diretamente com Perillo para tratar da venda da casa.

Ainda de acordo com o empresário, o processo de compra começou em fevereiro de 2011, quando manifestou interesse pelo imóvel. Segundo ele, a pedido de Wladimir Garcez, a entrega da casa foi adiada e só ocorreu em março deste ano. Garcez é apontado pela Polícia Federal como braço direito de Cachoeira.

Empréstimo

Segundo o empresário, o dinheiro não pertencia à Mestra Administração e Participações, empresa em nome da qual foi registrada a escritura da casa. De acordo com Walter Paulo, o dinheiro para a compra da residência foi originário de um empréstimo, mas disse não saber de quem. Segundo ele, a informação poderia ser dada pelo contador da Mestra, que foi quem lhe entregou o R$ 1,4 milhão usado na transação.

Perguntado sobre o nome do contador, disse apenas que ele chama-se Paulo, mas não soube informar o sobrenome. "Eu não lembro", disse. O empresário também afirmou não lembrar exatamente o local em que teria recebido o dinheiro do contador.

Braço direito de Cachoeira, Wladimir Garcez havia afirmado, em depoimento à CPMI, na semana passada, que o imóvel foi comprado por ele e que o dinheiro para a compra da casa teve como origem "empréstimos" feitos por Cachoeira e pelo ex-diretor regional da Delta Cláudio Abreu, também preso na Operação Monte Carlo.

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