O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe na manhã desta sexta-feira um grupo de empresários que veio ao Palácio do Planalto entregar uma proposta de agenda mínima para evitar que a crise política afete a economia. No documento que vão apresentar ao presidente, os empresários afirmam que o cenário político e as eventuais conseqüências das investigações que estão sendo feitas no Congresso não devem levar o Brasil à paralisia. Segundo o texto, a atual crise deve ser transformada numa oportunidade de avanços institucionais que aperfeiçoem o sistema político e consolidem a democracia.

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A agenda também afirma que o Brasil percorreu um difícil caminho rumo à estabilidade econômica e que, apesar da alta dos juros, da excessiva carga tributária e da necessidade de melhorar a qualidade do ajuste fiscal, a economia brasileira encontrou um rumo que deve continuar a ser trilhado. O documento está dividido em cinco áreas principais que tratam de infra-estrutura, sistema tributário, ambiente regulatório, reforma do Estado, inovação e sistema político.

Os empresários propõem, por exemplo, que o governo melhore a administração pública por meio da nomeação de funcionários de carreira para ocupar cargos de confiança, reestruture a administração pública com a redução do número de ministérios e melhore a qualidade dos gastos. Os empresários também sugerem que o governo adote uma meta de superávit primário maior do que a prevista para este ano, que é de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB), por meio da redução dos gastos correntes e preservando investimentos.

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Na área política, eles defendem um aperfeiçoamento da legislação eleitoral por meio do estímulo à fidelidade partidária, da transparência do financiamento de campanha e da redução dos custos de campanha.

Os empresários são representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), da Confederação Nacional do Comércio (CNC), da Confederação Nacional dos Tranposrtes (CNT) e da Ação Empresarial.