Capitaneado pelo governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), o encontro entre governadores eleitos do Nordeste nas últimas eleições terá como um dos temas centrais a discussão sobre a retomada da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Prevista para essa terça-feira (9) a reunião ocorrerá em João Pessoa (PB) e servirá para os governadores da região unificarem uma pauta de demandas, que será encaminhada à presidente Dilma Rousseff. Por meio da assessoria, Coutinho informou que a questão da criação de uma "contribuição social" para a área da saúde será colocada em discussão.
A CPMF, que também era conhecida como o "imposto do cheque", foi criada em 1996 no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) com uma alíquota inicial de 0,20% sobre as operações bancárias. O valor do imposto subiu para 0,38% em 2000. A divisão dos recursos era feita da seguinte forma: 0,20% para a Saúde, 0,10% para a previdência e 0,08% para o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza.
Em dezembro de 2007, o Senado derrubou a proposta que previa a renovação da CPMF e impôs, na época, a maior derrota ao então presidente Lula (PT). A perda de receita avaliada pelo governo na ocasião foi de cerca de R$ 40 bilhões.
A defesa da recriação do imposto deve ser formalizada em um documento que será encaminhado à presidente Dilma após o encontro dos governadores. Os problemas enfrentados como investimentos em infraestrutura também deverão constar no texto.
Esquerda tenta mudar regra eleitoral para impedir maioria conservadora no Senado após 2026
Falas de ministros do STF revelam pouco caso com princípios democráticos
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento
Síria: o que esperar depois da queda da ditadura de Assad
Deixe sua opinião