O engenheiro Shinko Nakandakari foi consultor da empreiteira Galvão Engenharia, afirmou seu advogado, Rogério Fernando Taffarello. "Ele (Nakandakari) foi procurado pela Galvão Engenharia com a finalidade de fazer consultoria para buscar o reequilíbrio financeiro de contratos (com a estatal). Jamais atuou como pessoa interposta da Petrobras ou qualquer órgão público", disse o defensor.
A informação contrapõe a versão da defesa do executivo Erton Fonseca, da Galvão Engenharia, que alegou ter sido ameaçado por Nakandakari a pagar R$ 8,3 milhões em propinas. Segundo Fonseca, o engenheiro era "emissário" da Diretoria de Serviços da Petrobrás. "O sr. Shinko não era e nunca foi emissário (da Diretoria de Serviços)", disse Taffarello. "Ele é um engenheiro conhecido e respeitado no mercado, formado pela Escola Politécnica. Fez carreira internacional. Possui uma trajetória de décadas de grandes obras de infraestrutura."
Nakandakari recentemente tornou-se consultor e foi requisitado por algumas empreiteiras, segundo o advogado. "A Galvão Engenharia o procurou. Ele prestou consultoria para a Galvão. É diferente de ser emissário (da Diretoria de Serviços da Petrobras)", disse Taffarello.
Nakandakari esclareceu, por seu advogado, que para participar das concorrências na Petrobras a Galvão "tinha que jogar o preço lá embaixo". Segundo o advogado, durante a execução do contrato, "por vezes era necessário buscar um aditivo, que é um direito licitatório previsto expressamente, para buscar o reequilíbrio econômico financeiro, com as devidas justificativas, quando fosse o caso".
"Essa verdadeiramente a finalidade da consultoria, a natureza do serviço da consultoria que o sr. Shinko prestava", afirma o advogado. Segundo ele, "como o sr. Shinko fez uma carreira em obras de infraestrutura e é um engenheiro renomado, ocasionalmente foi procurado pela Galvão e prestou o serviço". "Ele não deveria estar na operação (Lava Jato). Não o consideramos numa situação equiparável a de outros (empreiteiros). Está sofrendo um grande desgaste."
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