A Assembleia Legislativa (AL) do Paraná anunciou, nesta quinta-feira (17), que fará um novo recadastramento dos servidores que trabalham no setor administrativo da Casa, o segundo em três meses. A decisão foi tomada depois da denúncia de que funcionários teriam saído dos gabinetes dos deputados e distribuídos para departamentos da administração da AL.
Um levantamento da Gazeta do Povo e da RPC TV apontou que existem pelos menos 124 casos de trabalhadores "migrantes". O remanejamento teria ocorrido para os parlamentares conseguirem se adequar à lei que estabeleceu um limite de 23 funcionários por gabinete sem ter que demitir funcionários excedentes.
A transferência dos servidores gerou discussão entre os parlamentares na sessão de terça-feira (15) do Legislativo. Um requerimento cobrando a demissão de todos os "migrantes" havia sido apresentado para a Mesa Diretora da Casa na semana passada.
O novo recadastramento vai até o próximo dia 30. Todos os funcionários efetivos, estáveis e comissionados deverão comparecer à Coordenadoria de Recursos Humanos da Diretoria de Pessoal para regularizar suas lotações e documentos. Quem deixar de se recadastrar terá o salário suspenso.
O diretor-geral da Assembleia Legislativa, Eron Abboud, explicou, por meio de nota, que esse novo processo de recadastramento tem o objetivo de evitar equívocos no quadro de pessoal do Poder Legislativo. Ele afirmou, ainda, que parte dos arquivos com documentos referentes ao recadastramento de pessoal realizado em abril deste ano, foram apreendidos pelo Ministério Público.
Veja todas as denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPCTV sobre os Diários Secretos da Assembleia Legislativa.
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