“Eles estão perdidos, não sabem quem é quem”

Entrevista com Servidor da Assembleia, que trabalha há 20 anos na Casa e pediu para não ser identificado, inconformado com o novo recadastramento.

Quantos recadastramentos o senhor já teve de fazer?

Foram três até agora.

Qual o sentimento dos funcionários da Casa em relação a isso?

É uma palhaçada. A gente passa pelo constrangimento de dizer nome, endereço, telefone, para depois ter de voltar lá novamente. Será que a cada 30 dias teremos de refazer isso aí, passar por essa vergonha? Fora o fato de você, que está lá trabalhando todos os dias, ver pessoas na fila que nunca pisaram na Assembleia. O fato de você ir lá e fazer o recadastramento não quer dizer que você realmente trabalha. Eles estão totalmente perdidos, não sabem quem é quem na Assembleia. Todo mundo está revoltado, sem saber o que vai acontecer, sem saber com quem pode contar.

Qual seria o procedimento ideal na visão do senhor?

Para solucionar esse problema, que nem eles sabem como, o ideal seria implantar o ponto digital. Seria o único jeito de acabar com os funcionários fantasmas, pelo menos na administração.

O senhor acredita que a Assembleia vai melhorar após os últimos acontecimentos?

Ainda acredito que isso tudo vai resultar em um bom final. São coisas que nunca aconteceram na Assembleia em mais de 20 anos. (ELG)