Estudantes acusam seguranças da Assembleia de agressão
Um grupo de estudantes foi impedido, no início da tarde desta terça-feira (20), de colocar uma faixa de protesto na galeria do plenário da Assembleia Legislativa do Paraná (AL-PR). Os seis estudantes foram barrados pelos seguranças da Casa, que teriam solicitado revistar as mochilas que os jovens levavam.
De acordo com o relato dos estudantes, o grupo se recusou a entregar as mochilas e um deles foi imobilizado com uma "gravata" e levado para sala da segurança. Ele só foi liberado cerca de 30 minutos depois, com a chegada da imprensa e a intervenção de alguns deputados.
A sessão ordinária desta terça começou por volta das 14h30 com a galeria fechada. Os estudantes esperaram por cerca de uma hora nos corredores da Assembleia, mas o acesso as galerias não foi liberado. Vários deputados foram conversar com os estudantes, entre eles o vice-presidente da Assembleia, o deputado Antonio Anibelli (PMDB).
Houve bate boca entre o grupo e o Anibelli. Os estudantes queriam que ele usasse um adesivo com a frase "caça-fantasmas". O deputado se recusou a receber o adesivo e ameaçou os estudantes. "Se colar isso em mim eu te dou um soco na cara", disse.
Como as galerias permaneceram fechadas, os estudantes decidiram estender a faixa em frente a Assembleia. Eles disseram, ainda, que pretendem registrar um Boletim de Ocorrência contra os seguranças da Casa.
Em nota, a direção da Assembleia disse que determinou a apuração do confronto entre a segurança da Casa e os estudantes. A revista das mochilas, segundo a Assembleia, é uma regra de segurança da Casa. "Enquanto os estudantes têm o legítimo direito de manifestação, desde que obedecendo a ordem e o decoro, os seguranças também têm o dever de manter a ordem e a integridade de todos que trabalham na Assembleia Legislativa", relata a nota.
Enxurrada de demissões
A Assembleia Legislativa do Paraná publicou a exoneração de 237 servidores comissionados em três diários oficiais dos dias 5, 6 e 7 deste mês. Muitos desses atos são retroativos algumas decisões da Mesa Executiva são de 1.º de fevereiro de 2010, mas só foram publicadas dois meses depois. A medida antecipou a demissão dos funcionários em cargos de confiança, anunciada para o fim do mês de abril. Entre os 237 exonerados pela Assembleia, estão 22 servidores que foram mostrados na série "Diários Secretos" da Gazeta do Povo e RPCTV.
As demissões estão concentradas em quatro gabinetes. Da primeira-secretaria, comanda pelo deputado Alexandre Curi (PMDB), foram exonerados 76 funcionários. O gabinete do presidente Nelson Justus demitiu 40 servidores. No gabinete da administração, agora chefiado por Willians Romanzini, foram 26 exonerações. Também foram demitidos 26 funcionários do gabinete do deputado Luiz Fernandes Litro (PSDB).
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