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Os estudantes chegaram à Assembleia Legislativa por volta das 11  horas e encontraram os portões fechados | Marcelo Elias/ Agência de Notícias Gazeta do Povo
Os estudantes chegaram à Assembleia Legislativa por volta das 11 horas e encontraram os portões fechados| Foto: Marcelo Elias/ Agência de Notícias Gazeta do Povo

Grupo queria ser recebido pelo presidente da Assembleia, Nelson Justus

Manifestação ocorreu em função das denúncias envolvendo a Assembleia Legislativa

  • Com carro de som, estudantes, sindicalistas e sem-terras fizeram passeadas por ruas do Centro
  • A manifestação partiu da Praça Santos Andrade, em direção à Assembleia Legislativa
  • Após a queda do portão, os manifestantes tiveram acesso ao prédio da Assembleia
  • Os manifestantes forçaram o portão, até derrubá-lo
  • Dentro do prédio, os estudantes cantaram o hino nacional
  • Manifestantes deveriam estar todos os dias na Assembleia. Pelo bem da democracia.
  • Após a invasão, portão de entrada da Assembleia ficou caído no chão

Estudantes invadiram o pátio da Assembleia Legislativa, em Curitiba, na manhã desta quarta-feira (14). Desde as 9h30, estudantes - além de sem-terras e sindicalistas - vinham fazendo uma passeata no Centro da capital, exigindo o afastamento de Nelson Justus (DEM) da presidência da Assembleia, por conta das denúncias apresentadas na série de reportagens Diários Secretos, da Gazeta do Povo e RPC-TV. Pouco depois das 11 horas, ao encontrar o portão da Casa de Lei trancado, estudantes forçaram a entrada e invadiram o local. Segundo o presidente da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (Upes), Mario de Andrade, não houve confronto com os policiais e nem com os seguranças da casa.

Os manifestantes permaneceram no prédio até cerca de 11h45, depois de protocolar uma carta na qual exigem o ressarcimento aos cofres públicos do dinheiro pago aos "fantasmas" e pedem, além da saída de Justus, o afastamento de toda a mesa-diretora da Assembleia. A intenção do grupo era entregar o documento diretamente ao presidente da Casa, mas eles não foram recebidos por Justus. Segundo Andrade, a ocupação foi pacífica e não houve danificação ao patrimônio. Na avaliação do presidente da Upes, o ato foi um "tempero" para cobrar o afastamento da direção da casa.

"Não tinha sentido alguém não nos deixar entrar na ‘Casa do Povo’ no instante em que ela vem sendo roubada. Essa ocupação é uma prova de que o movimento estudantil está crescendo. E se o Justus não for afastado, vamos continuar nos manifestando e podemos ocupar a Assembleia novamente", disse Andrade.

Chamada de "Caça-Fantasmas", em alusão aos casos de funcionários fantasmas apresentados, a mobilização foi deflagrada com o objetivo de cobrar rigor nas investigações das denúncias envolvendo a Assembleia Legislativa. Uma comissão protocolou cartas também no Ministério Público (MP) e no Tribunal de Contas (TC). "A saída contribuiria com as investigações e seria uma mostra de bom senso", complementou o presidente da União Paranaense dos Estudantes (UPE), Paulo Moreira.

Segundo a organização dos estudantes, 800 pessoas participaram da manifestação, mas de acordo com a Polícia Militar (PM), 600 pessoas participaram do ato. Os estudantes se reuniram na Praça Santos Andrade, de onde partiram por volta das 9h30. Juntamente com a Upes, a União Paranaense dos Estudantes (UPE), a União Nacional dos Estudantes (UNE), Central Única dos Trabalhadores (CUT)e outras agremiações, além do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), participaram do ato.

Veja todas as denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPCTV sobre os Diários Secretos da Assembleia Legislativa.

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