Diante do "sumiço" da resposta enviada pelo Ministério Público Estadual (MP) ao ofício do Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná em que a comissão solicitava cópia dos documentos referentes às investigações dos Diários Secretos, o procurador-geral de Justiça, Olympio de Sá Sotto Maior, determinou que a documentação seja novamente encaminhada ao Legislativo estadual. Enquanto o presidente do conselho, deputado Pedro Ivo (PT), afirma não ter recebido a resposta do MP, a entidade alega ter respondido ao ofício do parlamentar no dia 6 de agosto.
É nesta documentação que a comissão pretende se basear para dar um parecer a respeito do pedido feito há mais de dois meses pelo Partido Verde (PV) no qual a legenda defende a cassação dos mandatos do presidente da Assembleia, Nelson Justus (DEM), e do primeiro-secretário, Alexandre Curi (PMDB). Protocolado na Casa no início de junho, o pedido do PV relata as denúncias feitas pela série de reportagens Diários Secretos, da Gazeta do Povo e da RPC TV.
Na última quarta-feira, Pedro Ivo afirmou que a única resposta que chegou a suas mãos até agora é um documento do dia 19 de julho em que Sotto Maior informa que recebeu o ofício do Conselho de Ética e encaminhou a solicitação à Promotoria de Proteção ao Patrimônio Público "para as providências cabíveis". "Essa é a única resposta que chegou até mim. Assim que recebermos um novo posicionamento do MP com a documentação necessária, voltaremos a nos reunir. Mas não tenho como precisar uma data de quando concluiremos o processo", argumentou o petista.
Ontem, porém, o MP voltou a afirmar que respondeu ao ofício no dia 6 de agosto. Por meio da assessoria de imprensa, a entidade informou que enviará novamente ao parlamentar cópia das portarias e das iniciais das ações civis públicas relativas às investigações sobre a Assembleia. Também será encaminhada cópia da documentação que o MP recebeu da Assembleia para análise. Em nota emitida na última terça-feira, a entidade disse ter esclarecido a Pedro Ivo, no ofício "desaparecido", que esses documentos "podem ser consultados na própria casa de leis".
Além de Pedro Ivo, fazem parte do grupo os deputados Stephanes Júnior (PMDB), Ademar Traiano (PSDB), Duílio Genari (PP) e Osmar Bertoldi (DEM). Assim que analisarem todos os documentos relativos ao caso, os cinco parlamentares darão um parecer. Em seguida, eles decidirão pelo arquivamento da denúncia ou por sua procedência. Caso o pedido seja considerado procedente, irá a plenário. A cassação só acontecerá com voto da maioria dos 54 deputados estaduais.
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