O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou, nesta sexta-feira (30), o ex-deputado Luiz Carlos Stanislawczuk, 65 anos, por desvio de dinheiro público. Ele é acusado de contratar 16 funcionários "fantasmas" para a Assembleia Legislativa do Paraná (AL) no período de 1999 a 2003. De acordo com a Promotoria de Justiça de Proteção ao Patrimônio Público, o total do desvio chega R$ 1,39 milhão.

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Nos depoimentos prestados à Promotoria, essas pessoas afirmaram que não trabalhavam na Assembleia no período dos pagamentos. Segundo as apurações feitas pelo Ministério Público, as verbas referentes aos salários eram depositadas em uma única conta, de titularidade de um assessor de Zuk, Miguel Arão Ribas Dropa, já falecido. Quase a totalidade do dinheiro era repassada para o então deputado.

Muitas das pessoas, segundo o MP-PR, sequer sabiam que estavam na folha de pagamento. O ex-deputado teria usado os dados de pessoas que foram até ele para buscar ajuda ou que estavam se filiando ao partido dele. Em caso condenação, a pena varia de dois a doze anos de prisão.

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Diários Secretos

Na terça-feira (27), o MP-PR instaurou um inquérito civil público para investigar as contratações realizadas pela Mesa Executiva da Assembleia. O objetivo é apurar as denúncias de funcionários fantasmas apresentadas pela série de reportagens "Diários Secretos" da Gazeta do Povo e da RPCTV.

Serão objeto da investigação do MP-PR as contratações realizadas pelas 1ª, 2ª e 3ª vice-presidências e pelas 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª secretarias nos últimos 10 anos. Segundo o MP-PR, neste inquérito não serão apuradas as nomeações feitas pela presidência da Assembleia. Isso porque a Procuradoria-geral de Justiça já está investigando as contratações feitas pelo presidente Nelson Justus (DEM).

Veja todas as denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPCTV sobre os Diários Secretos da Assembleia Legislativa.

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