O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado Alexandre Curi (PMDB), deu R$ 12 milhões em imóveis como garantia à Justiça caso seja condenado por improbidade administrativa e tenha de pagar multas. Na declaração de bens prestada por Curi neste ano ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no entanto, Curi disse ter patrimônio de R$ 8,7 milhões. O deputado concorre à reeleição na Assembleia.
Procurado ontem pela reportagem, Curi explicou que a diferença no valor (de R$ 12 milhões para R$ 8,7 milhões) diz respeito à valorização de imóveis. "Desde 1995 uma decisão da Receita Federal impede que os contribuintes reajustem os valores dos bens", justificou.
A mais recente declaração de bens revela que o patrimônio de Alexandre Curi cresceu 77% durante o primeiro mandato dele como deputado estadual. Em 2006, o peemedebista disse ter R$ 4,9 milhões em bens e imóveis em 2010 o valor saltou para R$ 8,7 milhões.
Na primeira prestação de bens feita à Justiça Eleitoral, no início de julho, constava que Curi tinha um patrimônio de R$ 1,6 milhão. O valor atual, disponível no site do TSE, aponta um patrimônio de R$ 8,7 milhões. O deputado explicou que o advogado do PMDB errou ao informar os bens e imóveis à Justiça Eleitoral. "Quando percebi o erro, pedi ao juiz uma retificação, o que foi deferido", disse o deputado.
Curi explicou ainda que 100% do patrimônio que possui vem de doações feitas, ainda em vida, pelo pai. O deputado é neto do ex-presidente da Assembleia Legislativa Aníbal Khury, que faleceu em 1999 e deixou herança para filhos e netos.
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