Procurador-geral também falou sobre o fato de ter parentes trabalhando na Assembleia

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O Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público do Paraná, Olympio de Sá Sotto Maior Netto, vai pediu o afastamento do diretor de pessoal da Assembleia Legislativa, Cláudio Marques da Silva. O anúncio do pedido havia sido feito durante entrevista ao telejornal ParanáTV, 1.ª edição. A recomendação foi enviada oficialmente à Assembleia na tarde desta terça-feira (30).

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Segundo Sotto Maior, o diretor não estaria colaborando com as investigações do Ministério Público sobre as denúncias apresentadas na série de reportagens Diários Secretos feita pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPCTV.

"Hoje mesmo estou enviando uma recomendação à presidência da Assembleia pedindo o afastamento imediato desse diretor", afirmou Sotto Maior. De acordo o procurador-geral, Cláudio Marques se reservou ao direito de permanecer calado durante as perguntas feitas pelos promotores do MP que investigam as irregularidades na Casa de Leis.

"Quem se recusa a prestar depoimento é porque aquilo que ele vai dizer pode incriminá-lo. Estou dando esse exemplo por que todas as vezes que não houver colaboração com o Ministério Público nós vamos tomar as medidas administrativas e judiciais necessárias. Se o presidente da Assembleia não afastar espontaneamente, acolhendo a recomendação do Ministério Público, vamos requerer à Justiça o afastamento desse servidor", disse o procurador.

Na segunda-feira (29) foram divulgados os nomes dos integrantes internos da Assembleia que irão apurar as denúncias de irregularidades na Casa. Os integrantes da comissão terão um prazo de três dias para começar a trabalhar e 15 dias – improrrogáveis – para apresentar suas conclusões acerca de denúncias que incluem um suposto esquema de desvio de dinheiro público, pagamento de salários acima do máximo permitido por lei, funcionários fantasmas, edição de atos secretos, sumiço de diários oficiais e inchaço de servidores em determinados departamentos.

O procurador-geral afirmou que o MP vai investigar todas as denúncias na Assembleia. "Ninguém está imune das investigações do Ministério Público, todos aqueles que praticaram qualquer tipo de ilicitude, de irregularidades, serão objeto das investigações. Por isso mesmo, colaborar com o Ministério Público não é um favor é um dever legal especialmente quando se trata de servidor público", definiu.

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O presidente da Assembleia Legislativa, Nelson Justus (DEM), não quis comentar as declarações de Sotto Maior.

Veja todas as denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPCTV sobre os Diários Secretos da Assembleia Legislativa.

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