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Abib Miguel, o Bibinho, em uma imagem rara: o diretor-geral da Assembleia é discreto, não gosta de ser fotografado e não dá entrevista. Mas é um dos homens fortes da Casa, responsável pela gestão de um orçamento anual de R$ 319 milhões | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Abib Miguel, o Bibinho, em uma imagem rara: o diretor-geral da Assembleia é discreto, não gosta de ser fotografado e não dá entrevista. Mas é um dos homens fortes da Casa, responsável pela gestão de um orçamento anual de R$ 319 milhões| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Após as denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPC-TV sobre as irregularidades na Assembleia Legislativa, o diretor-geral da Casa, Abib Miguel, pediu afastamento do cargo nesta quinta-feira (18) - até a conclusão das investigações. A informação foi divulgada pela RPC-TV, no Paraná TV 2ª. edição. Abib é suspeito de gerenciar o esquema de contratação e manutenção de funcionários que não prestavam serviços à Casa. Ele ocupava o cargo há vinte anos.

Abib Miguel enviou uma carta ao presidente da Assembleia comunicando o afastamento e afirmou que as denúncias feitas precisam ser investigadas sem intervenção.

Na carta, Abib disse que "[...] recentes notícias publicadas em veículos de comunicação do Estado do Paraná que envolvem minha pessoa, merecem ser apuradas por essa Casa de Leis, de forma clara e cristalina, sem qualquer possibilidade de minha interferência [...]"

Nelson Justus aceitou o pedido de afastamento.

Diários Secretos

A reportagem da série Diários Secretos veiculada nesta quinta RPC-TV apresentou ainda a denúncia de que 607 pessoas não constavam na lista divulgada pela Casa em 1º. de abril de 2009. Há três hipóteses para o fato: seriam servidores da Assembleia, eram funcionários fantasmas, ou não foram contratados. Ao todo, 700 diários foram consultados no levantamento feito pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPC-TV.

A lista apresentada pelo presidente da Assembleia, Nelson Justus, no ano passado deveria apresentar os nomes de todos os funcionários da Casa. Como isso não aconteceu, as contrações dessas pessoas podem ter sido publicadas em diários avulsos ou ainda terem ocorrido por meio de atos secretos.

A reportagem destacou também que esses funcionários receberam salários em janeiro, fevereiro e depois apenas em abril de 2009. Ou seja, os vencimentos não teriam sido debitados em março. Isso porque foi o mês em que a lista com os nomes dos servidores da Assembleia foi divulgada.

Assista à reportagem em vídeo:

Leia todas as reportagens da série Diários Secretos completa da RPC-TV e Gazeta do Povo

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