Mônica Moura foi presa nesta terça-feira (23) em Curitiba.| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Depois de terem sua prisão decretada na 23ª fase da Operação Lava Jato , intitulada “Acarajé”, o marqueteiro João Santana e sua mulher, Mônica Moura, foram para a carceragem da sede da Polícia Federal em Curitiba.

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Mônica, segundo a PF, dividirá a cela com mais duas mulheres acusadas de tráfico de drogas. Há ainda mais duas mulheres presas na carceragem da PF: Nelma Kodama, doleira e operadora do esquema de desvio de recursos, e Iara Galdino da Silva, braço direito de Nelma.

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A PF, porém, não informou se João Santana irá dividir a cela com alguém. Também estão presos no local Marcelo Odebrecht, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

Antes de irem à PF, o casal fez exames no IML – trâmite corriqueiro aos recém-chegados.

O casal foi o primeiro a descer de uma van da Polícia Federal, que era escoltada por outro veículo e homens armados. Os dois estavam com as mãos para trás, e Mônica usava óculos escuros. Eles não quiseram falar com a imprensa.

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Também passaram por exame no IML na mesma tarde, conduzidos pela PF, Benedito Barbosa da Silva Junior, diretor-presidente da construtora Odebrecht, Vinícius Veiga Borin, sócio de uma consultoria que administra carteira de investimentos, e o empresário Zwi Skornicki, lobista de um estaleiro com contratos com a Petrobras.

Marcelo Odebrecht, presidente afastado da construtora e um dos poucos empresários que ainda permanece preso na Lava Jato, foi transferido na segunda-feira (22) do CMP (Complexo Médico Penal), na Grande Curitiba, para a carceragem da PF na capital paranaense, em decorrência das investigações desta 23ª fase da operação.

Nesta segunda, por volta das 19h, chegaram a Curitiba Borin, Skornick e Silva Junior. Os últimos a desembarcarem no Paraná nesta fase da Lava Jato foram o marqueteiro e a mulher, que voltaram do exterior nesta terça.

Quanto a Silva Junior, a prisão temporária foi decretada porque a PF acredita que há indícios de que ele tinha conhecimento dos esquemas de corrupção na estatal. Expressões e siglas utilizadas pelo executivo em planilhas apreendidas eram semelhantes às empregadas por Marcelo Odebrecht, que, segundo a polícia, indicam o pagamento de propinas.