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Presidente do Senado, Renan Calheiros, e senador Romero Jucá conversam durante sessão plenária que definiu afastamento temporário de Dilma | EVARISTO SA/AFP
Presidente do Senado, Renan Calheiros, e senador Romero Jucá conversam durante sessão plenária que definiu afastamento temporário de Dilma| Foto: EVARISTO SA/AFP

O presidente em exercício do PMDB, senador Romero Jucá (PMDB-RR), defendeu há pouco a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e usou de uma analogia com o filme “Titanic” para justificar a assunção do vice-presidente Michel Temer ao Palácio do Planalto com o provável afastamento da petista.

“Nós estamos trocando o comando para que o navio não afunde”, disse Jucá, em pronunciamento no Senado.

O senador, cotado para assumir o Ministério do Planejamento do novo governo, disse que não haverá caça às bruxas nem perseguição, mas destacou que não se vai aceitar agressões contra Temer.

Jucá questionou que o que está em discussão no Senado é o cumprimento da Constituição, que prevê a adoção do impeachment. Ele citou o fato de que, em governos anteriores ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT ingressou com mais de 50 pedidos de impedimento de governos anteriores.

Em relação às chamadas pedaladas fiscais, o senador disse que o governo saiu de um fluxo de caixa da ordem de R$ 2 bilhões para R$ 90 bilhões. Ele afirmou ainda que houve decretos que foram editados pelo governo sem o aval do Congresso. “Quantas impressões digitais são necessárias para denunciar um crime? Uma. Nós temos três”, disse.

Jucá admitiu que o PMDB indicou o vice de chapa de Dilma, mas afirmou que, pessoalmente, não apoiou essa aliança. Ele também defendeu a adoção do instituto do impeachment. “A legitimidade da decisão do Congresso é majoritariamente expressada nas ruas”, disse. “Desculpem aqueles que estão perdendo o chão, que estão em desacerto mental”.

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