O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, previu nesta terça-feira o acirramento do debate político, mas disse que, desta vez, não há riscos de a economia ser afetada.
- Eu estou muito seguro, e falo menos por minhas convicções e mais pelos dados que a economia tem mostrado, que nós teremos uma eleição sem turbulência - afirmou o ministro, em teleconferência promovida pela Tendências Consultoria.
O ministro argumentou que a "musculatura dos indicadores econômicos" é bem mais robusta do que em outros anos eleitorais, especialmente 2002. Naquele ano, a proporção da dívida interna fixada em moeda estrangeira, hoje nula, era de aproximadamente 37%.
- Nós vamos ter, talvez pela primeira vez, um ano eleitoral em que a dívida pública caia - disse Palocci.
Ele lembrou que, no ano passado, a economia não foi afetada pela crise política, e disse que isso é reflexo de um amadurecimento dos agentes econômicos e políticos do país.
- O Brasil entendeu que não pode combater crises políticas com medidas econômicas desajustadas. O Brasil não pode resolver problemas políticos gastando mais - afirmou.
Segundo o ministro, o cenário externo também não apresenta ameaças, nem mesmo com a alta dos preços do petróleo.
- O Brasil enfrenta bem os problemas com os preços do petróleo, na medida em que temos o álcool como combustível alternativo que vai ocupando seu lugar e aumentando sua produção - disse.
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