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Edson Ribeiro no momento em que chega à prisão: regalias. | jose lucena//Futura Press/Folhapress
Edson Ribeiro no momento em que chega à prisão: regalias.| Foto: jose lucena//Futura Press/Folhapress

A defesa do advogado Edson Ribeiro, preso no dia 27 de novembro e denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) acusado de prejudicar as investigações da Operação Lava Jato , solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a revogação de sua prisão preventiva alegando que ele não cometeu nenhum crime. A defesa de Ribeiro também alegou que ele está em uma cela com mais de 30 pessoas “o que definitivamente não são características de local apropriado ao advogado.”

Pela lei, advogados presos devem ficar detidos nas chamadas sala de Estado Maior, estrutura existente em todas as dependências do comando das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) ou da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

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Ao pedir a soltura de Ribeiro, os defensores alegam a falta de motivos para a manutenção da preventiva, como também argumentam que ele está em uma cela comum do complexo penitenciário de Gericinó e que não há estrutura nos presídios do Estado do Rio que possa ser considerada sala de Estado de Maior.

O processo contra Ribeiro corre sob sigilo na Corte e o pedido de soltura, protocolado na semana passada, ainda aguarda analise do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo

Motivos

No pedido de treze páginas assinado pelos advogados Marcos Crissiuma e Paulo Neto e encaminhado ao ministro Teori, os defensores de Ribeiro alegam que os diálogos gravados entre ele, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) e seu chefe de gabinete Diogo Ferreira e Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, não revelam crimes cometidos pelo advogado - já que, segundo a petição, estava sendo planejada a fuga de Cerveró e não a dele.

O documento afirma ainda que Ribeiro não poderia influenciar na delação de Cerveró, seu ex-cliente na Lava Jato, nunca participou dos depoimentos do ex-diretor ao Ministério Público Federal e que o acordo de delação premiada já havia siso firmado em 18 de novembro, antes de um dos encontros gravados (19 de novembro). Os defensores também negam que o advogado tivesse buscado influenciar ministros do Supremo.

Outro ponto levantado pelos advogados é de que Ribeiro teve sua inscrição na OAB suspensa e que ele teria se entregado às autoridades brasileiras ao voltar de uma viagem dos EUA e ser detido no aeroporto do Galeão (Rio), no último dia 27. Antes disso, contudo, seu nome já havia sido colocado na lista vermelha da Interpol.

À reportagem, o advogado Marcos Crissiuma afirmou que ainda não teve acesso à denúncia contra seu cliente e que vai aguardar a decisão do STF sobre o pedido de soltura de Ribeiro para comentar o caso.

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