A defesa do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque conseguiu levar para 2016 o julgamento da ação penal contra seu cliente sobre pagamento de propina envolvendo a construtora Odebrecht. O processo voltou a tramitar nesta segunda-feira (7) após ser suspenso para que a estatal providenciasse a entrega de mais de 30 mil comprovantes bancários referentes aos pagamentos que teriam envolvido propina para o ex-diretor, indicado pelo PT no esquema de cartel e corrupção alvo da Operação Lava Jato .
No pedido, a defesa de Duque solicitou ao juiz federal Sergio Moro, responsável pelas investigações na primeira instância, que fosse anexado os comprovantes de ordens de pagamentos da Petrobras referentes às várias obras que integram a denúncia da força-tarefa da Lava Jato.
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A Petrobras juntou na semana passada parte dos documentos e informou o juízo “a dificuldade, de custo e tempo, para cumprir o determinado por envolvendo requisição a nove instituições financeiras diferentes cerca de 30.062 comprovantes bancários”. No dia 2 de novembro, Moro havia considerado o pedido como tática de protelação da ação. “Não se trata de prova cuja necessidade surgiu no decorrer da instrução”, afirmou o juiz.
Na tarde desta terça-feira, 8, a Petrobras anexou os comprovantes entregues pelos bancos que ainda não haviam fornecido dados e o prazo para que as partes se manifestassem sobre o material foi aberto.
Com a medida, o julgamento do caso e a sentença do juiz sairá no início de 2016. Duque está preso desde março deste ano e o presidente da Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, desde junho
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