O advogado paranaense Guilherme Gonçalves, último procurado da Operação Custo Brasil, se entregou no domingo (26) à Polícia Federal em São Paulo. Apontado pelas investigações como repassador de propinas do esquema envolvendo a empresa de informática Consist ao ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, Gonçalves chegou ontem de Lisboa no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
A pedido da PF, o advogado estava sob monitoramento da polícia portuguesa desde quinta-feira (23), dia da operação.
Gonçalves foi submetido a exames no Instituto Médico Legal e, depois, levado à custódia da Superintendência Regional da PF, na zona oeste, onde estão outros alvos da Custo Brasil, entre eles Paulo Bernardo, preso na quinta-feira.
O advogado disse que estava na Europa “a passeio”. Ele teve a prisão decretada pelo juiz Paulo Bueno de Azevedo, da 6.ª Vara Federal Criminal de São Paulo. Ao saber, em Lisboa, que era alvo da operação, Gonçalves anunciou, por meio de sua defesa, que se apresentaria.
Em agosto de 2015, o advogado, com escritório em Curitiba, foi alvo de buscas durante etapa da Lava Jato. PF e Procuradoria da República suspeitam que o escritório era usado para repasse de propina a Bernardo e custeava despesas eleitorais da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), mulher do ex-ministro.
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