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Meire Poza disse que pelo menos cinco parlamentares recebiam pagamento em dinheiro vivo de Youssef | Reprodução
Meire Poza disse que pelo menos cinco parlamentares recebiam pagamento em dinheiro vivo de Youssef| Foto: Reprodução

Juiz manda ao STJ depoimento de contadora sobre propina no Maranhão

O juiz federal Sergio Moro, de Curitiba, encaminhou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta terça-feira (12) o depoimento da contadora Meire Poza, que trabalhou três anos com o doleiro Alberto Youssef, no qual ela diz que o governo do Maranhão pagou um precatório de R$ 120 milhões à empreiteira UTC/Constran após políticos e servidores receberem R$ 6 milhões de propina desse grupo.

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Em depoimento à Polícia Federal, a contadora Meire Bonfim da Silva Poza, suspeita de envolvimento no esquema desbaratado pela operação Lava Jato, ligou o doleiro Alberto Youssef, figura central das investigações, ao governo do Maranhão. Segundo ela, Youssef negociou diretamente, a mando das construtoras UTC e Constran, o pagamento de R$ 6 milhões em propinas para que o governo maranhense antecipasse o pagamento de um precatório de R$ 120 milhões que beneficiava as empresas.

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A ex-contadora do doleiro Alberto Youssef vai depor nesta quarta-feira (13), a partir das 10h, no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, a convite do colegiado. A contadora Meire Poza irá prestar esclarecimentos sobre a relação do doleiro com o deputado Luiz Argôlo (SD-BA), que responde a processo de cassação do mandato por quebra de decoro parlamentar. A contadora revelou, em entrevista à revista Veja desta semana, como era a relação do doleiro, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, com alguns parlamentares, entre eles Luiz Argôlo. Ela também relatou como funcionava o esquema de pagamento de propinas a parlamentares, intermediado por Youssef.

De acordo com a reportagem da revista, Meire Poza disse que participou de algumas operações do grupo e que viu malas de dinheiro sainda da sede de empreiteiras e embarcando em aviões para serem entregues a políticos. A contadora prestou depoimentos à Polícia Federal, nas últimas semanas, e está colaborando com as investigações.

Nesta segunda (11), o relator do processo contra Argôlo, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), apresentou requerimento ao conselho pedindo que fosse feito o convite à contadora. Por e-mail, o presidente do colegiado, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), convidou Meire Poza para o depoimento e ela aceitou comparecer para prestar os esclarecimentos solicitados pelo relator e demais integrantes do colegiado.

Depois do depoimento da contadora, o Conselho de Ética vai ouvir as explicações do gerente da agência da Caixa Econômica Federal, localizada no Anexo IV da Câmara, Douglas Bento, a respeito das denúncias envolvendo o deputado Luiz Argôlo. O gerente foi indicado como testemunha de defesa do deputado.

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