• Carregando...

Ministério Público e polícia de São Paulo estão cada vez mais certos de que o assassinato do ex-diretor do Carandiru e da Casa de Custódia de Taubaté, José Ismael Pedrosa, de 70 anos, tenha sido motivado por uma vingança de uma facção criminosa. Ele foi assassinado às 17h de domingo, no Centro de Taubaté, a 128 quilômetros de São Paulo.

Segundo o promotor Luiz Marcelo Negrini Mattos, do Grupo de Atuação e Repressão Regional Contra o Crime Organizado (Gaerco) do Vale do Paraíba, Pedrosa não recebeu ameaças recentes e levava uma vida tranqüila de homem aposentado. "Quando ainda trabalhava no sistema prisional, ele recebeu ameaças. Chegou a figurar em uma lista com 18 nomes de autoridades a serem executadas", disse o promotor.

Mattos lembrou, ainda, que Pedrosa foi muito duro durante as negociações com bandidos que seqüestraram sua filha, a ginecologista Eulália Rodrigues Pedrosa de Almeida, em 17 de abril de 2001. Quarenta horas depois, a filha do ex-diretor da Casa de Custódia de Taubaté foi libertada em Santos. Na época foram presos Francisco Viana Alexandre, o França, Claudinei Santana, o Nei, e Sílvio Luiz dos Santos.

Durante as negociações, os seqüestradores exigiram que integrantes da quadrilha fossem libertados da cadeia para que Eulália fosse libertada. Pedrosa não aceitou a condição. Segundo o diretor do Departamento de Polícia Judiciária 1 (Deinter 1), Paulo Afonso Bicudo, um dos homens presos na época - Francisco Viana Alexandre - está em liberdade. Os outros dois estão presos em São Vicente e na cidade de Lucélia.

O procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Rodrigo Pinho, designou todos os promotores do Gaerco do Vale do Paraíba para acompanhar as investigações. Além de Mattos, os promotores Flávio Boechat Albernaz e Gustavo Médici participam dos trabalhos. Segundo o promotor Mattos, o autor dos disparos seria um homem forte, de 1m80, gordo e moreno. Teria sido usada uma pistola calibre 380, pois esse tipo de munição foi encontrado no local do crime.

Segundo a polícia, foram contadas 11 perfurações no corpo de Pedrosa, que estava aposentado desde janeiro de 2003. Ele foi enterrado às 16h, no Cemitério Santa Clara, em Taubaté. Cerca de 300 pessoas, entre parentes, amigos e autoridades acompanharam o enterro.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]