O ex-gerente de construção da linha 4 do Metrô, Marco Antonio Buoncampagno, afirmou que a companhia aplicou multas ao consórcio Via Amarela por atraso nas obras, mas afirmou que o cronograma está sendo mantido. O engenheiro, no entanto, não divulgou o valor das multas e nem quantas seriam. Segundo ele, o consórcio deu a garantia de que todo o processo de construção da linha 4 está sendo reavaliado para que não ocorram novos acidentes. O engenheiro era responsável pela fiscalização da obra, mas pediu afastamento do cargo porque há suspeita de que ele tenha sido favorecido por uma empresa do consórcio.
Buoncampagno confirmou que tem uma empresa de engenharia aberta, mas afirmou que ela está desativada desde 1999. Segundo ele, essa companhia não tem contratos com o governo nem com empresas privadas. Buoncompagno se declarou, em audiência pública na Assembléia Legislativa, inocente de processos civis que responde. O engenheiro está sendo processado sob a acusação de ter participado de um esquema ilegal de contratações públicas em parceria com uma empreiteira do consórcio Via Amarela.
Ele ainda é acusado em uma ação civil, proposta pelo Ministério Público Estadual. A promotoria diz que ele foi favorecido pela Andrade Gutierrez e que teria atuado em um esquema de enriquecimento ilícito de um ex-presidente do Metrô, Antonio Sergio Fernandes, durante o governo de Orestes Quércia.
- Tive um processo criminal que durou seis anos e fui absolvido. O processo civil começou em 1992 e não teve conclusão até hoje. O que indica que eu não tenho qualquer influência. Minha empresa nunca teve contrato com o Metrô e o processo foi aberto outra pessoa - disse Buoncampagno, sem identificar o alvo.
O ex-gerente diz que pediu licença do cargo para ter mais tempo para passar informações sobre as obras da linha 4 ao Ministério Público e aos demais órgãos de investigação. Durante a audiência, ele confirmou que houve detonação de rochas na futura estação Pinheiros às 8h do dia 12 de janeiro (dia do acidente), "mas quer crer que essas explosões não têm nada a ver com o desabamento do túnel".
Governo pressiona STF a mudar Marco Civil da Internet e big techs temem retrocessos na liberdade de expressão
Clã Bolsonaro conta com retaliações de Argentina e EUA para enfraquecer Moraes
Yamandú Orsi, de centro-esquerda, é o novo presidente do Uruguai
Por que Trump não pode se candidatar novamente à presidência – e Lula pode
Deixe sua opinião