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O ex-governador do Distrito Federal deixa a Superintendência da Polícia Federal abraçado com sua esposa, Flávia Arruda, no banco de trás de uma pickup | Agência Brasil
O ex-governador do Distrito Federal deixa a Superintendência da Polícia Federal abraçado com sua esposa, Flávia Arruda, no banco de trás de uma pickup| Foto: Agência Brasil

Arruda está em casa na companhia de parentes e amigos

O ex-governador José Roberto Arruda já está em sua residência no Parque Way, bairro nobre de Brasília, onde chegou por volta das 18 horas, depois de ser solto por decisão do Superior Tribunal de Justiça.

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  • José Roberto Arruda deixa a Superintendência da Polícia Federal
  • Ex-governador do DF José Roberto Arruda deixa a prisão

O ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), deixou nesta segunda-feira (12) a Superintendência da Polícia Federal, onde estava preso desde 11 de fevereiro. Nesta tarde, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu libertar o ex-governador.Arruda foi preso sob a acusação de ter participado de uma tentativa de suborno a uma testemunha do inquérito da Polícia Federal que investiga o escândalo que ficou conhecido como mensalão do DEM. Neste escândalo, Arruda é acusado de pagar propina a aliados. Nesta tarde, minutos após a decisão do STJ, os advogados de Arruda chegaram em dois carros à Superintendência da PF. Eles não confirmaram se o ex-governador seguiria direto para sua residência, no Park Way, em Brasília. Segundo a PF, após receber o alvará de soltura do STJ, seria feito um exame de corpo de delito em Arruda para verificar se ele sofreu alguma agressão durante o período em que esteve detido. Quando foi preso, Arruda ficou inicialmente na sala de um diretor da PF. O ambiente tinha 40 metros quadrados com cama, mesa com cadeiras e um banheiro privativo. No dia 19 de fevereiro ele foi transferido para uma sala menor, de 10 metros quadrados. A nova sala tinha um beliche, uma mesa e um sofá. O lugar chegou a ser chamado de "masmorra" pelo principal advogado de Arruda, Nélio Machado.

Liberdade

O placar da votação do STJ nesta segunda foi de 8 votos pela liberdade contra 5 pela manutenção da prisão. Dos 15 membros que compõem a Corte Especial, dois ministros não comparecerem ao julgamento. Além de Arruda, outras cinco pessoas que estão no presídio da Papuda supeitos de envolvimento com o escândalo também devem ser soltas.

No dia 16 de março, Arruda perdeu o mandato por infidelidade partidária por decisão do Tribunal Regional Eleitoral. O ex-governador e seus advogados decidiram não recorrer da decisão, o que paralisou a análise dos pedidos de impeachment que corriam contra ele na Câmara Legislativa do Distrito Federal.

‘Arruda vai respirar’

Ao final do julgamento os defensores de Arruda não esconderam o alívio com a libertação do ex-governador. Nélio Machado afirmou que a sua prioridade seria tratar da libertação imediata do seu cliente.

"Arruda vai respirar, rever a filha, a família e cuidar de reorganizar a sua existência. Ele quer o retorno da sua paz, da sua saúde que perdeu no cárcere. Ele quer voltar a sua família. Ele prefere o sossego para enfrentar com segurança na Justiça as acusações que possam surgir", afirmou Nélio Machado.

Ao longo de dois meses, os advogados de Arruda tentaram de todas as formas obter a liberdade dele. Alegaram problemas de saúde, falta de condições dignas para sua prisão na superintendência da PF, sua incapacidade em interferir nas investigações e até fizeram com que o então governador desistisse de tentar manter-se no cargo. Todos os pedidos, inclusive o de prisão domiciliar, haviam sido rejeitados pelo STJ.

A assessoria do Ministério Público Federal informou ao site G1 que não comentaria a decisão do STJ. O procurador-geral, Roberto Gurgel, não está em Brasília, segundo a assessoria.

Na manhã desta segunda, a subprocuradora-geral da República Raquel Dodge enviou parecer ao STJ no qual solicitava a manutenção da prisão de Arruda. Na avaliação da subprocuradora, uma vez posto em liberdade, o ex-governador pode ainda atrapalhar as investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que desmantelou o suposto esquema de corrupção no dia 27 de novembro de 2009.

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