Após ter sentido dores no abdômen nesta quinta-feira (22) e ter passado por exames em um hospital, o ex-prefeito de Dourados (MS)Ari Artuzi (sem partido) foi transferido para uma penitenciária da Polícia Federal em Campo Grande (MS). A informação é da assessoria da Polícia Federal de Mato Grosso do Sul.
Artuzi está preso desde o dia 1º de setembro em carceragem da Polícia Civil, em Campo Grande. O ex-prefeito foi detido junto com mais de 20 políticos suspeitos de práticas de fraude em licitação, corrupção ativa e formação de quadrilha, na chamada Operação Uragano, da Polícia Federal. Em 7 de outubro, a Prefeitura de Dourados foi assumida pela vereadora Délia Razuk (PMDB).
Segundo a assessoria da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Mato Grosso do Sul (Sejusp-MS), Artuzi teria sentido dores na região abdominal e ido para o hospital Adventista do Pênfigo em Campo Grande, onde fez exames. Após sair do hospital, ainda segundo a assessoria, ele foi conduzido para a sede da Polícia Federal em Campo Grande por volta das 17h de quinta-feira. A assessoria da Sejusp não soube informar porque ele foi conduzido a sede da Polícia Federal e não para as dependências da Polícia Civil, onde estava preso.
A assessoria da Polícia Federal explicou que, como a sede não possui sala de custódia, o ex-prefeito foi encaminhado para o Presídio Federal de Campo Grande por volta das 18h de quinta-feira.
Caso
De acordo com a Polícia Federal, o suposto esquema de corrupção do qual Artuzi participava consistia no pagamento de propinas a vereadores da situação e da oposição para impedir que a CPI que investigava o prefeito, apontado como suposto "chefe" do esquema, fosse concluída.
Além disso, licitações seriam direcionadas para empresas que financiavam as propinas mensais, compras de bens pessoais do prefeito e campanhas eleitorais.
"Os acordos fechados com as empresas escolhidas ilicitamente rendiam 10% do valor do contrato. Os valores arrecadados serviam para o pagamento de diversos vereadores de Dourados [da situação e da oposição], para caixa de campanha e compra de bens pessoais do prefeito", informou a polícia em nota.
Ao Fantástico, o advogado do prefeito, Carlos Marques, disse que a gravação em que Artuzi aparece recebendo dinheiro supostamente desviado não incrimina o prefeito afastado. "Isso não significa que esse dinheiro é do município. Ele diz que não participou de qualquer ato de corrupção, não lesou o município, não praticou qualquer ato que tenha causado prejuízo a administração pública", afirmou.
Impasse sobre apoio a Lula provoca racha na bancada evangélica
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Copom aumenta taxa de juros para 12,25% ao ano e prevê mais duas altas no próximo ano
Eleição de novo líder divide a bancada evangélica; ouça o podcast
Deixe sua opinião