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João Carlos Ferraz, ex-presidente da Sete Brasil: carta para confirmar o recebimento de propina. | Marcelo Camargo/Agência Brasil
João Carlos Ferraz, ex-presidente da Sete Brasil: carta para confirmar o recebimento de propina.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ex-presidente da Sete Brasil, J oão Carlos Ferraz admitiu pela primeira vez ter recebido propina dos estaleiros que trabalham para a companhia na construção de sondas para a exploração do Pré-Sal. De acordo com ele, que está sendo investigado pela Operação Lava Jato, a propina foi de pouco mais de US$ 1,9 milhão. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

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Sem revelar quem pagou, Ferraz admite que recebeu as gratificações em um “momento de fraqueza”, quando estaria sendo pressionado por colegas – ele também não revelou quem o estava pressionando. O ex-presidente fala em devolver o dinheiro.

A Sete é um braço da Petrobras criada para administrar as sondas do Pré-Sal. A carta de confissão foi enviada à diretoria da empresa. A estatal estima em US$ 224 milhões o total de propinas – boa parte, segundo depoimento do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, foram para o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

Em processo aberto no mês passado, a Sete pede que Ferraz devolva à estatal R$ 22,2 milhões.O ex-dirigente propôs um acordo, oferecendo metade do valor pedido, que não foi aceito pela empresa. Segundo o próprio Ferraz, as propinas foram pagas entre maio de dezembro de 2013.

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