Marisa Letícia com Lula e a presidente Dilma Rousseff: desabafos contra o panelaço.| Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação

Minutos depois de um panelaço organizado em fevereiro durante a exibição na TV do programa partidário do PT, a ex-primeira-dama Marisa Letícia, em conversa com o filho Fábio Luís, o Lulinha, mostrou-se irritada com o protesto e disse que queria “que as pessoas enfiassem as panelas no c...”. O diálogo foi interceptado pela Polícia Federal com autorização da Justiça às 20h55 do dia 23 de fevereiro. Nesse dia, foi ao ar por volta das 20h20 a propaganda petista que trouxe o ex-presidente Lula como protagonista. A presidente Dilma Rousseff não participou do vídeo.

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A conversa entre Marisa e Fábio começa com o filho do ex-presidente ironizando o panelaço que havia acabado de acontecer. “Fábio pergunta se teve muita panela”, diz relatório da gravação da PF. Marisa conta que “só teve panelaço nos prédios novos dos “coxinhas”, desse pessoal que não consegue comprar apartamento de 500.000 e daí ficam pagando”. O filho diz a mãe que “perto da casa dele também teve alguma coisa de panelaço, mas que está cada vez diminuindo mais”. Lulinha mora em um apartamento em Moema, bairro nobre da capital paulista.

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Prosseguindo o diálogo, o filho diz à ex-primeira-dama que as pessoas têm o direito de “bater panela”. Nesse momento, Marisa se irrita e, segundo a transcrição da PF, diz “que queria que as pessoas “enfiassem as panelas no c...”.

A conversa entre mãe e filho termina com Marisa dizendo que “não acredita que em São Bernardo estão fazendo panelaço, porque São Bernardo é terra de lutador, de trabalhador”. Marisa passa o telefone para Lula, que conversa com o filho sobre Fernando Bittar, sócio de Fábio e um dos proprietários oficiais do sítio Santa Bárbara em Atibaia, interior paulista.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]