As suspeitas de uso de caixa dois pela governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), foram reforçadas por novos detalhes publicados no fim de semana. A governadora tem negado todas as denúncias. Yeda Crusius passou a segunda-feira (18) envolvida em reuniões e não quis comentar a última edição da revista "Veja". A revista mostrou um recibo do PSDB no valor de R$ 200 mil doados por um fabricante de cigarros que não estariam registrados na contabilidade da campanha tucana. O PSDB disse à revista que a doação foi incorporada a um recibo que reúne outras doações.

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A reportagem mostra também uma troca de e-mails entre o vice-governador, Paulo Feijó (DEM), e Rubens Bordini, que foi tesoureiro da campanha. Feijó é autor de denúncias anteriores contra a governadora.

No e-mail, Feijó diz que recebeu R$ 25 mil em dinheiro da Simpala, uma concessionária de veículos que, segundo a revista, não está entre os doadores oficiais de Yeda Crusius. Ao ser ouvido pela revista, o representante da concessionária negou ter intermediado doações.

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Bordini disse que nunca recebeu o dinheiro. "Nunca chegaram a mim [os R$ 25 mil mencionados por Feijó]".

As novas denúncias fizeram oposição buscar mais assinaturas para uma CPI na Assembleia Legislativa do estado. São necessárias 19 assinaturas. Até agora, 12 deputados concordaram com o requerimento.

A deputada Stela Farias (PT) diz que a CPI é o instrumento adequado para investigar as denúncias. "Vivemos uma situação de profunda crise ética", disse.

O deputado Adilson Troca (PSDB) afirma que as acusações são fruto de "denuncismo" e que têm finalidade "eleitoreira". "Não foi apresentada prova de nada." A defesa de Yeda diz que as novas denúncias são inconsistentes e que não provam uso de caixa dois.

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