Servidos públicos gaúchos fizeram na manhã desta quinta-feira (14) uma manifestação no centro de Porto Alegre pedindo a saída da governadora Yeda Crusius, após denúncias de uso de caixa dois na campanha em 2006, divulgadas pela edição desta semana da revista "Veja".
Os manifestantes saíram do Parque Maurício Sirotsky, no Centro, e passaram em frente à sede do Ministério Público Estadual, pedindo apuração das denúncias contra o governo. O trânsito foi interrompido, o que provocou congestionamento. Eles se concentraram em frente ao Palácio do Piratini, sede do governo gaúcho.
Nesta sexta-feira (15), a governadora deve se encontrar com o advogado José Eduardo Alckmin para tratar do processo que pretende mover contra os responsáveis pela acusação de uso de caixa dois na campanha. O advogado é o mesmo que defende o governador de Santa Catarina das acusações de uso de dinheiro público em campanha.
Yeda passou a quarta-feira em Brasília, reunida com lideranças do PSDB. Ela entregou ao presidente do partido uma pasta com documentos da campanha e comprovantes da compra de uma casa em Porto Alegre.
"Eu respondo com prova de idoneidade, mas que vai agora ir atrás da implicação das denúncias sem provas é o advogado que eu constituí", disse a governadora. Na Assembleia, os deputados de oposição ao governo ainda não conseguiram o número necessários de assinaturas para a abertura de uma CPI para investigar as denúncias de irregularidades na campanha eleitoral.
Parlamentares do PSB e do DEM, que inicialmente haviam concordado com a abertura da CPI, não assinaram o requerimento. Sem apoio suficiente, o PT deve mudar o texto do requerimento. Até agora, eles só conseguiram dez das 19 assinaturas necessárias para instaurar a comissão.
O Ministério Público Eleitoral pediu uma cópia da prestação de contas da campanha de Yeda Crusius em 2006 para análise.
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