O vice-presidente executivo da empreiteira Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, foi internado no Hospital Santa Cruz, em Curitiba, com fortes dores abdominais. Ele foi socorrido por uma ambulância do Samu durante a tarde dessa quarta-feira (14) e levado para o hospital para fazer exames médicos. Um laudo assinado pelo médico Dalton Bertolim Précoma informa à Justiça Federal que foi diagnosticado uma pedra próxima ao rim do executivo. A defesa de Sérgio Cunha Mendes já pediu autorização para uma cirurgia ser realizada.
O executivo foi primeiro atendido por um médico do pronto-socorro do hospital, às 17h24, e depois foi encaminhado ao urologista Ary Adami Jr. No receituário, o especialista diz que exame de imagem mostrou um cálculo (pedra) de 1,5 centímetro. "Dessa forma, existe necessidade de tratamento cirúrgico, sendo necessário internamento por tempo indeterminado", escreveu.
A defesa de Mendes requereu à Justiça a permissão para que ele continuasse internado até obter alta médica. Também solicita que a esposa do executivo, Maura Alvim Mendes, possa acompanhá-lo na instituição hospitalar. Até às 21h30, a juíza federal Gabriela Hardt ainda não havia respondido aos pedidos.
O doleiro Alberto Youssef, que também está na PF em Curitiba, já foi atendido às pressas e internado no mesmo hospital em cinco ocasiões desde que foi preso, em março de 2014.
Sérgio Cunha Mendes Mendes é um dos 11 executivos presos em novembro durante a 7ª fase da Operação Lava-Jato. Ele está preso desde a metade de novembro do ano passado na carceragem da Polícia Federal na capital paranaense acusado de fazer parte de um grupo de empresários suspeitos de fraudar licitações e prestar serviços à Petrobras com contratos superfaturados, além do pagamento de propina a funcionários e políticos.
Em depoimento à PF, Sergio Mendes admitiu que pagou R$ 8 milhões ao doleiro Alberto Youssef entre julho e setembro de 2011. O motivo seria evitar represálias em contrato da empreiteira com a Petrobras. Mendes disse que foi apresentado a Youssef pelo ex-deputado federal José Janene (PP), que morreu em 2010. E que teria sido ameaçado por Youssef e Costa para o pagamento de propina. Na época, a construtora Mendes Júnior havia sido contratada para fazer a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária no Paraná. O pagamento foi dividido em quatro parcelas de R$ 2 milhões.
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