Curitiba – Para o relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB–PR), as explicações apresentadas ontem pelo presidente da comissão, Delcídio Amaral (PT–MS), foram convincentes. Em sua avaliação, o petista conseguiu afastar a suspeita de envolvimento com o esquema de corrupção que envolve o PT e o governo. "Acompanhei a apresentação de explicações à imprensa, que foi a principal conseqüência. No meio político, notei pouca movimentação, como normalmente acontece às sextas-feiras", relata.

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Serraglio acredita que a denúncia não vai prejudicar os trabalhos da CPI. A oposição, no entanto, promete continuar questionando as ligações de Amaral com o ex-assessor Roberto Costa Pinho, suspeito de participar do esquema do mensalão. A intenção é colocar em xeque o comando das investigações por um integrante do partido do governo.

As investigações da CPI já acumulam volume de papéis suficiente para encher um caminhão, conta Serraglio. Ele afirma que muitos dados são incompletos, como as informações sobre cheques repassadas pelo BB, que devem serem complementadas na próxima semana. Em relação aos depoimentos, o relator acredita que, de agora em diante, as audiências serão mais rápidas. "Temos 44 pessoas para ouvir. Além disso, existem entre 30 e 40 requerimentos de convocações ainda não aprovados. Não podemos mais levar um dia inteiro para ouvir cada pessoa", avalia. Ele conta que a CPI espera informações novas de testemunhas. "A legislação permite que os réus mintam. As testemunhas não podem mentir", observa.

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