O ministro da Justiça, Tarso Genro, anunciou nesta segunda-feira (17) que até o fim dessa semana o governo brasileiro deverá apresentar à Justiça de Mônaco o pedido formal de extradição do ex-banqueiro Salvatore Cacciola. A embaixada do Brasil na França já informou ao principado europeu, por meio de nota verbal, que tem interesse que Cacciola seja enviado para cumprir pena no Brasil.
- Faremos o possível, dentro da lei, para extraditá-lo - disse Tarso Genro.
Cacciola foi preso no sábadoe até agora há dúvidas sobre as circunstâncias da prisão. As autoridades brasileiras ainda não sabem se o ex-dono do Banco Marka foi detido na fronteira, em um cassino ou em um hotel. Tarso Genro não soube confirmar também se de fato Cacciola foi transferido de presídios.
- O que eu sei é essas cadeias são bem melhores que as nossas - afirmou o ministro.
O ex-banqueiro teria uma audiência com a Justiça de Mônaco nesta segunda, quando seria discutido se sua prisão será mantida ou não, mas o juiz do caso preferiu transferir o encontro para terça-feira.
Nesta segunda, a Justiça de Mônaco decidiu manter a prisão do ex-banqueiro Salvatore Cacciola, condenado a 13 anos de prisão no Brasil. O ex-dono do Banco Marka foi detido pela Interpol (a polícia internacional), no sábado, no Principado de Mônaco depois de ficar sete anos foragido.
Ele vivia na Itália, país de onde não pode ser extraditado porque possui cidadania. Segundo os advogados de Cacciola, o ex-banqueiro teria ido a Monte Carlo, em Mônaco, passear com a filha.
No domingo, o Itamaraty enviou ao principado uma nota verbal justificando sua prisão pela Interpol e adiantando ao tribunal de primeira instância o pedido de extradição que será feito ao governo do principado, para evitar que o ex-baqueiro fosse libertado. O juiz local atacou o pedido do governo brasileiro e transferiu Cacciola para um presídio, onde ele ficará até que se decida sobre o processo de extradição.
Agora, o governo brasileiro tem um prazo de 40 dias para convencer o governo de Mônaco a extraditar Cacciola . Os dois países não têm acordo automático de extradição, mas isso será negociado. O ministro da Justiça, Tarso Gerno, marcou para esta segunda-feira uma reunião para providenciar o pedido de extradição.Segundo a Procuradora-Geral de Mônaco, Annie Brunet-Fuster, o ex-banqueiro terá uma audiência na Justiça de Mônaco nesta terça-feira à tarde e pode ser extraditado "muito rapidamente".
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