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A área de saúde pública é a principal fonte de preocupação, de acordo com o diagnóstico apresentado ontem pela equipe de transição do próximo governo. Os integrantes nomeados pelo governador eleito Beto Richa (PSDB) afirmaram que nem ao menos a exigência legal de destinar 12% das receitas para a saúde foi respeitada na previsão orçamentária para 2011. Faltariam R$ 356 milhões para alcançar o porcentual exigido por lei. Como em anos anteriores, despesas com sanea­mento básico e com o programa Leite das Crianças foram incluídas na reserva de recursos destinada à área de saúde para atingir o mínimo legal.

A previsão orçamentária de 2011 para a saúde inclusive seria menor do que a registrada em 2010. Luiz Eduardo Sebastiani, atual secretário municipal de Finanças de Curitiba, declara que, da forma como foi organizado, o orçamento só tem caixa para bancar as despesas de saúde até o mês de outubro.

A equipe apontou também como preocupantes as perspectivas na área de educação. O ano letivo iniciaria com falta de professores e aulas em horários alternativos – e ilegais – para suprir o problema de salas em número insuficiente nas escolas estaduais. Para canalizar recursos para despesas essenciais, Sebastiani reforça o discurso da campanha tucana e aposta em eficiência de gestão. Ele acredita que será possível economizar R$ 400 milhões no próximo ano apenas cortando despesas relacionadas ao custeio da máquina pública, cortando gastos da burocracia estatal.

"A administração devia estar trabalhando para fechar as contas e ainda está iniciando despesas ou buscando recursos para além do orçamento deste ano", diz Sebastiani. A equipe evitou afirmar que auditorias serão realizadas nas contas públicas, mas também não descartou a possibilidade de promover uma varredura nas despesas dos últimos oito anos de gestão.

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