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A possibilidade de um "julgamento político" é o que mais preocupa a família de André Vargas (PT-PR) em Londrina, cidade no Norte do Paraná. Vendedor de pamonhas numa feira noturna da cidade, a Feira da Lua, um dos irmãos do deputado federal, José Ramatis Vargas Ilário, diz que o petista tem mostrado uma postura confiante, do ponto de vista jurídico, sobre as investigações que o envolvem. O maior receio é como a relação entre Vargas e o doleiro Alberto Youssef, preso em março na Operação Lava Jato da Polícia Federal, será interpretada pelos colegas parlamentares.

"Ele [André Vargas] está com a consciência tranquila, mas são 500 deputados votando de acordo com o que a mídia está falando e a mídia vai sangrar o André até o último dia", afirmou o comerciante. O pai do deputado, José Ilário, também estaria preocupado com a situação envolvendo o filho. "Ele está bem, mas tem 82 anos", disse Ramatis.

A família do parlamentar, segundo Ramatis, vem tentando lidar com a repercussão da viagem de Vargas para o Nordeste com jatinho arranjado por Youssef de forma natural. Eles entendem que houve erro do petista ao aceitar o favor. "Mas não transitou um cruzeiro em relação ao doleiro para André", diz.

Vargas: 'Estou certo de que não cometi ato ilícito'

O deputado licenciado André Vargas (PT-PR) recorreu nesta quinta-feira às redes sociais para dizer que vai provar de "cabeça erguida" que não cometeu nenhuma irregularidade. As declarações do deputado ocorreram após a Executiva nacional do PT decidir levar o caso dele à comissão de ética do partido. O parlamentar também é alvo de processo por quebra de decoro na Câmara, que investiga as suas relações com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal.

"Estou certo de que não cometi ato ilícito e vou provar isso, de cabeça erguida. Não traí a confiança que sempre mereci do povo do Paraná", diz André Vargas no perfil oficial dele no Twitter.

Em outras mensagens publicadas no microblog, o petista diz ser alvo da mídia. "A imprensa está devassando minha vida, e vendo que não tenho nada a esconder. Meu patrimônio condiz com o salário de deputado", diz um dos posts. "Lamento que minha família e amigos estejam acossados por repórteres. O alvo sou eu não eles".

O deputado também reafirma que "cometeu um equívoco" ao ter utilizado um avião em janeiro de 2014 do doleiro Youssef. Esse reconhecimento do "equívoco" também foi feito da tribuna na semana passada. "Claro que, com relação ao avião, eu reconheço, fui imprudente. Foi um equívoco, deveria ter evitado. Peço desculpas aqui e à minha família", disse Vargas na ocasião.

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