Alborghetti ficou conhecido por apresentar programas policiais em rádios e TVs do Paraná
- RPC TV
O corpo do apresentador e ex-deputado Luiz Carlos Alborghetti foi cremado por volta das 18h desta quinta-feira (10) no Crematório Vaticano, em Campina Grande do Sul, na região metropolitana.
Velório
O corpo do ex-deputado foi velado a partir das 22h de quarta-feira (9) no saguão da Assembleia Legislativa do Paraná. De acordo com o assessor Ricardo Alexandre Mianes, Alborghetti estava com câncer de pulmão e morreu em casa, em Curitiba, por volta de 13h de quarta.
O apresentador do extinto programa policial "Cadeia" descobriu a doença em março, e, logo depois, começou o tratamento. Segundo o assessor, ele tinha 64 anos, nasceu em Andradina (SP) e morava havia 22 anos em Curitiba.
Depois de ficar internado em hospitais da capital paranaense, ele passou a receber acompanhamento médico em sua residência. Alborghetti morava com a mulher, Maria Auxiliadora, e uma filha.
Alborghetti foi deputado estadual por 16 anos, além de vereador por cinco anos na cidade de Londrina. Ele também atuou como apresentador por 30 anos de programas de rádio, na TV e na internet. Trabalhou nas emissoras CNT e na RIC TV, afiliada da Rede Record. Até iniciar o tratamento da doença, em março deste ano, ele apresentava um programa na Rádio Colombo.
Alborghetti foi um dos responsáveis por lançar o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, que trabalhava como um dos repórteres policiais do programa "Cadeia". A assessoria de Ratinho divulgou um comunicado sobre a morte. "A grande obra do Alborghetti em vida foi a assistência social, e o que fica é o grande número de pessoas que ele ajudou através dos seus programas de TV e rádio."
Polêmico
Alborghetti deixou a casa dos pais, em Andradina (SP), para estudar no Rio de Janeiro aos 16 anos. Segundo assessor, o apresentador se orgulhava em dizer que vendia coxinha e refrigerante na praia nessa época. Anos depois iniciou a carreira no rádio, em 1976, em Andradina, fazendo rádio novela e comerciais.
Como apresentador, ficou famoso por frases polêmicas como "Bandido bom é bandido morto!", e "Cadeia neles já!". Alborghetti usava um cassetete durante seu programa na TV para criticar bandidos. "Para ele, o cassetete representava a voz do povo. Quando ele batia, era como se o povo estivesse batendo", diz Mianes.
Em 1992, o apresentador foi retratado em um videoclipe de animação da banda paulista Yo-Ho-Delic chamado "Brasil, banana, samba".
Há cerca de dois anos, Alborghetti apresentava o programa "Cadeia", de segunda a sexta, na Rádio Colombo. Foi nessa época que gravou um dos programas que acabou virando hit na internet em que falava sobre o filme "300 de Esparta". Em seu comentário sobre o filme, Alborghetti confundia elementos da história além de chamar o personagem de Rodrigo Santoro (Xerxes) de Xanxas e o de Gerard Butler (Leonidas) de Nicolau.
De acordo com Rosaldo Pereira, editor de jornalismo da rádio, Alborghetti se afastou do trabalho há alguns meses para se dedicar ao tratamento.
Segundo Pereira, em outubro, os dois conversaram e o radialista afirmou que logo voltaria ao trabalho e que estava bem. "Era uma pessoa maravilhosa, muito alegre, bem disposto. Se alguém estava chateado ele cutucava, brincava. Uma alma maravilhosa."
"Ele fez o que tinha que fazer na época dele, com os termos que usava, os palavrões que falava, tentava expressar o que sentia no momento. É uma perda muito grande."
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Cid confirma que Bolsonaro sabia do plano de golpe de Estado, diz advogado
Problemas para Alexandre de Moraes na operação contra Bolsonaro e militares; assista ao Sem Rodeios
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Deixe sua opinião