O traficante Luís Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, completa hoje uma semana encarcerado na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Oeste do Paraná, como o preso mais caro e vigiado do Brasil. O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) não informa os custos para mantê-lo no presídio, onde, por enquanto, ele é o único detento. Mas a previsão é de que a manutenção mensal da unidade seja de R$ 1,5 milhão, ou R$ 350 mil por semana.
O valor dessa primeira semana de "estadia" de Beira-Mar não chegou a este montante, já esta estimativa de gastos (com alimentação, luz, água, higiene e outros) é para a unidade ocupada por 208 detentos. Porém, o volume de dinheiro não ficou muito longe disso, pois, mesmo com um único detento no presídio, 164 agentes já estão trabalhando. Além disso, há o custo de operação de uma unidade de segurança máxima e de alta tecnologia.
O Depen estima que, no geral, cada detento custe entre três e quatro salários mínimos (valor que varia de R$ 1.050 a R$ 1.400) por mês aos cofres públicos. Um estudo da socióloga Édna Del Pomo de Araújo, especialista em sistema penal e integrante do Departamento de Sociologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), aponta que o custo médio de um preso no Brasil é de 3,5 salários mínimos, o equivalente a R$ 1.225. Ou seja, se o custo de funcionamento da Penitenciária de Catanduvas, na última semana, chegasse a R$ 350 mil, poderíamos dizer que Fernandinho Beira-Mar está custando 1,2 mil vezes mais do que qualquer outro preso.
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