Brasília - Estrela da festa de 29 anos do PT, na noite de terça-feira, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, foi apresentada pelo presidente nacional do partido, Ricardo Berzoini, como a mulher que vai "liderar a luta" do projeto petista, em 2010. Com essa credencial, ela não se fez de rogada: nas duas horas em que permaneceu na festa, comportou-se como herdeira do presidente Lula, procurou copiar o chefe e defendeu uma aliança do PT com o PMDB na eleição presidencial do ano que vem.

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"Acredito que é possível essa aliança. Não estamos nos unindo em torno de questões imediatas, e sim em torno de um programa de crescimento, desenvolvimento do país e inclusão social", disse Dilma durante a festa.

Diante de uma plateia composta por 13 ministros, prefeitos, parlamentares e militantes de vários estados, a ministra repetiu gestos e frases de Lula e, pela primeira vez, ocupou o palanque antes reservado ao presidente para fazer o discurso de saudação ao partido. Cantou "Parabéns a você" e apagou velinhas de um bolo branco com estrelas vermelhas.

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Dilma só arrancou aplausos efusivos da plateia, no entanto, quando citou Lula. "No momento em que comemoramos 29 anos, o nosso presidente Lula tem que ser lembrado, não como presidente, mas como o líder, o torneiro mecânico que percebeu a necessidade da luta política para transformar a realidade do nosso país", disse a ministra.

Mais interessados em guardar uma recordação de Dilma, petistas fizeram fila para tirar foto ao seu lado. Exibindo bom humor, ela fez pose abraçada com militantes, distribuiu sorrisos e autógrafos e só conseguiu atravessar o salão protegida por dois seguranças.

Mesmo sem confirmar a candidatura ao Planalto, Dilma vai cumprir uma agenda de campanha nos fins de semana, a partir de março, para se aproximar dos movimentos sociais e dos petistas e ganhar um verniz político. A estratégia foi definida na reunião do Diretório Nacional do PT, já que o partido acredita que a "mãe" do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) precisa de treinamento intensivo para aprender a se comunicar melhor com a população. A ministra disse achar boa a ideia do PT de organizar uma agenda para aproximá-la da população e também dos partidos aliados, mas não confirmou em nenhum momento a candidatura.

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