Diários secretos

Gráfica é lacrada em definitivo

No primeiro ato assinado como presidente da Assembleia, Valdir Rossoni (PSDB) determinou o fechamento definitivo da gráfica da Casa. A partir de agora, todos os atos do Legislativo paranaense serão divulgados pela Imprensa Oficial nos diários oficiais do Estado.

Conforme mostraram a Gazeta do Povo e a RPC TV ao longo de 2010, era na gráfica da Assembleia que se imprimiam diários secretos, avulsos e sem numeração. Por meio desses documentos, servidores fantasmas foram nomeados durante vários anos num esquema que desviou pelo menos R$ 100 milhões dos cofres públicos, de acordo com o Ministério Público Estadual.

"A partir de agora, a gráfica está lacrada para nunca mais ter dúvidas de que haja diários secretos", disse Rossoni.

Os atos da Assembleia podem ser consultados no site www.imprensaoficial.pr.gov.br.

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No segundo dia à frente da presidência da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni (PSDB) anunciou mais medidas que, segundo ele, irão moralizar a Casa. Ontem, o deputado disse que vai promover audiências mensais pelo estado para discutir as contas do Legislativo estadual. Além disso, será feito um inventário de todos os ativos e passivos da Assembleia. No entanto, a medida mais imediata será o recadastramento dos servidores efetivos, que será comandado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

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Ao dar posse aos novos diretores da Casa ontem, Rossoni disse que é preciso dar uma vida nova e diferente à Assembleia. Se­­gundo ele, que pediu que a im­­prensa fiscalize todos os atos da Casa, cada deputado passará a ser responsável pelo próprio Portal da Transparência. "Quando errarmos, vamos admitir o erro e corrigi-lo, sempre em busca da verdade e do melhor para a Casa", defendeu.

Desde ontem, a nova direção da Assembleia e a Mesa Executiva estão se reunindo com técnicos da FGV para definir uma "reformulação administrativa" da Casa. De acordo com o novo diretor-geral, Benoni Constante Man­­frin, o recadastramento dos servidores efetivos permitirá que se tenha um panorama geral do quadro de funcionários. "Depois disso, se houver necessidade de pessoal, faremos um concurso público", revelou. "Ainda não sei o tamanho do desafio que tenho pela frente. Mas posso garantir que não vai haver perseguição, nem caça às bruxas. Agiremos com tranquilidade e justiça."

Dos cerca de 300 comissionados do setor administrativo que foram exonerados ao fim da legislatura anterior, na última segunda-feira, somente metade desses cargos será preenchida com novos funcionários.