Um dia depois das manifestações contra a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reuniu, nessa segunda-feira (17) o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, para tentar unificar o discurso do partido.
Nas últimas semanas o PSDB se dividiu internamente sobre os pedidos de afastamento da presidente Dilma Rousseff. Líderes no Congresso afinados com Aécio, como o deputado Carlos Sampaio (SP) e o senador Cássio Cunha Lima (PB), defenderam a cassação do mandato pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a realização de novas eleições.
FHC sobe o tom e diz que população considera governo Dilma ‘ilegítimo’
Leia a matéria completaA radicalização do discurso dos parlamentares visava esfriar a movimentação do vice-presidente Michel Temer (PMDB) que, na visão dos tucanos, estaria tentando se viabilizar como consenso em um cenário pós-Dilma. Outro grupo no partido, capitaneado por Alckmin, prega moderação no discurso. O governador paulista chegou a participar de cerimônia com Michel Temer no Palácio Bandeirantes.
No encontro dessa segunda, que aconteceu no apartamento de Fernando Henrique em São Paulo, o trio também avaliou como positivo o resultado das manifestações pelo País ocorridas nesse domingo, que pela primeira vez contaram com o apoio formal do partido. Líderes do PSDB, como Aécio e o senador José Serra (SP), estiveram nos protestos.
Pouco antes da reunião, FHC publicou um texto nas redes sociais afirmando que a renúncia da presidente Dilma seria “um gesto de grandeza”. Esse discurso, porém, ainda divide os tucanos.
‘Fala de FHC pacificou o discurso do PSDB”, afirma dirigente tucano
Formado por representantes de todas as correntes do PSDB, o Grupo de Análise Estratégica do partido se reúne nesta terça-feira (18) em Brasília, para avaliar o resultado das manifestações contra a presidente Dilma Rousseff e unificar o discurso tucano.
O encontro ocorre um dia depois do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ter reunido em São Paulo o senador Aécio Neves, presidente do PSDB, e o governador Geraldo Alckmin com o mesmo objetivo. Antes da reunião, FHC publicou nas redes sociais um texto afirmando que a renúncia da presidente Dilma seria “um gesto de grandeza”.
“O texto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso unificou o partido e pacificou o discurso. Essa linha deve orientar o PSDB”, disse o secretário geral tucano, deputado Silvio Torres (SP).
Também fazem parte do grupo o senador Cássio Cunha Lima (PB), líder do PSDB no Senado, o deputado Carlos Sampaio (SP), líder da bancada na Câmara, o ex-governador Alberto Goldman (SP) , vice presidente do partido e o deputado Bruno Araújo (PE), líder da minoria na Câmara.
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Cid confirma que Bolsonaro sabia do plano de golpe de Estado, diz advogado
Problemas para Alexandre de Moraes na operação contra Bolsonaro e militares; assista ao Sem Rodeios
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro