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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulga nesta segunda-feira o resultado dos exames feitos nas amostras de sangue de dois pacientes internados no Rio com suspeita de terem contraído a febre maculosa e do jornalista Roberto Moura, que morreu no último dia 26.

Segundo a pesquisadora Elba Lemos, da Fiocruz, na terça-feira começarão a ser anunciados os resultados de testes feitos em amostras colhidas, na semana passada, em animais e moradores nos arredores da pousada Capim Limão, em Itaipava, onde estiveram hospedadas as vítimas confirmadas e as pessoas que ainda estão sob suspeita de ter a doença, que é transmitida por carrapatos.

No entanto, ela diz que é pouco provável que os exames nas amostras do jornalista apontem a presença de anticorpos ou da bactéria Rickettisia rickettsii, o que poderia esclarecer se ele morreu ou não da doença:

- A amostra foi colhida no quinto dia da infecção. A presença de anticorpos contra a bactéria é atestada a partir do 14º dia. Há outro tipo de exame que rastreia a presença no sangue da bactéria propriamente dita, mas a amostra chegou tarde para esse teste.

A economista internada na Clínica São Vicente, na Gávea, melhorou e, no sábado, foi transferida do CTI para um quarto. Um professor aposentado, de 62 anos, também se recupera no São Lucas, em Copacabana, mas ainda respira com o auxílio de aparelhos.

Na quinta-feira, a Fiocruz confirmou que o superintendente da Vigilância Sanitária municipal do Rio, Fernando Villas-Boas Filho, morreu de febre maculosa. Ele também esteve hospedado na pousada de Itaipava.

A transmissão da febre maculosa ocorre quando o carrapato infectado pica o homem durante pelo menos quatro horas. Os sintomas aparecem em média sete dias depois: manchas avermelhadas, dores no corpo, vômitos e febre com calafrios. O paciente deve ser medicado em, no máximo, cinco dias. Segundo a Fiocruz, em 2002 duas pessoas morreram com febre maculosa em Barra de Piraí, no sul do estado.

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