O senador Flávio Arns (PT-PR) informou no início da noite desta segunda-feira (24) que vai protocolar quinta-feira no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) um pedido de autorização para deixar o PT. O senador antecipou que alegará no pedido de desfiliação que a legenda pela qual foi eleito "se distanciou de suas bandeiras e de seu ideário político". Decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que disciplinou o troca-troca partidário em 2007, diz que o mandato pertence ao político, e não ao partido, no caso de perseguição pela legenda ou mudanças nas bases ideológicas da sigla.
A decisão de deixar o PT foi anunciada pelo senador na quarta-feira, quando o Conselho de Ética do Senado arquivou todas as 11 ações contra o presidente da Casa e pivô da crise que atualmente enfrenta o Senado, José Sarney (PMDB-AP). No final da reunião do Conselho, Arns pediu aparte ao presidente da sessão e anunciou que pediria à Justiça Eleitoral para sair do PT. O senador disse que ficou envergonhado com a decisão da bancada petista em votar pelo arquivamento das ações. "Estamos dando as costas para a sociedade brasileira. Hoje as bandeiras da ética e da justiça foram rasgadas", disse.
Segundo Arns, oito partidos já o convidaram para se filiar, entre eles PSB, PV, PSD e DEM. "Fiquei muito feliz com o assédio das legendas. Mas ainda não é momento para a escolha. Antes de tudo, quero garantir o meu mandato de senador", disse. O senador foi filiado ao PSDB antes de ir para o PT.
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