Centenas de manifestantes seguiram da Santos Andrade até a Boca Maldita.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo/

Com fortes discursos de repúdio contra o projeto de lei que regulamenta a terceirização no país e contra a atuação do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – um dos protagonistas da crise política que abala as relações da presidência com o Congresso Nacional –, movimentos sociais e sindicais foram às ruas, na manhã desta quinta-feira (20), em Curitiba para apoiar o governo de Dilma Rousseff (PT).

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Confira fotos do ato em Curitiba

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A mobilização, que percorreu ruas da região central da capital paranaense, levantou ainda bandeiras de protesto contra outros pontos, entre eles a defesa da Petrobras e da democracia. No Paraná, especificamente, os participantes do ato acusaram o risco de demissões que podem ser realizadas pelo banco HSBC, que foi comprado pelo Bradesco em junho e, com isso, colocou em xeque milhares de empregados.

Atos a favor do governo Dilma Rousseff aconteceram em 25 estados mais o Distrito Federal nesta quinta-feira, 20.

Em Curitiba, a concentração da mobilização desta quinta-feira – uma resposta ao protesto contra a presidente no último domingo (16), que reuniu por todo o país 879 mil pessoas – ocorreu na Praça Santos Andrade, em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná. Segundo os organizadores, o ato uniu cinco mil pessoas. Já a Polícia Militar (PM) contabilizou público máximo de 600 pessoas.

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Segundo a PM, não houve registro de violência na caminhada, que deixou a praça em direção à Boca Maldita por volta das 12h10. Os gritos, de “fora Cunha” foram seguidos de outros como “não vai ter golpe” em referência a um possível processo de impeachment de Dilma.

Outro cântico, mais peculiar, foi o “aqui tem um bando de louco, louco por moradia. Aqueles que acham que é pouco, não conhecem a noite fria”, este mais relacionado aos movimentos da área, como o Movimento Popular por Moradia (MPM), que participa do protesto.

A maioria dos participantes do ato vestia roupas na cor vermelha e carregava bandeiras da CUT e de outros dez movimentos que participam do ato nacional desta quinta-feira. Em Curitiba, estiveram também presentes, entre outros, os sindicatos dos professores (APP Sindicato), dos Correios e dos Bancários.

Discursos no caminhão de som trazem pauta diversa

Em discurso inicial do ato na praça, Regina Cruz, da CUT Paraná, destacou a aprovação, pela Câmara, do projeto de lei que regulamenta a terceirização no país. “Eduardo Cunha jogou uma bomba nos trabalhadores. Nós, das centrais sindicais, vamos lutar até o fim contra esse projeto”.

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Representando a APP Sindicato na manifestação, Marlei Fernandes pediu a ampliação das lutas pelo fim da violência contra as mulheres. Ela relembrou a repressão violenta da PM no dia 29 de abril, em Curitiba, quando mais de duzentas pessoas ficaram feridas em um ato contra a reforma da previdência estadual. “Temos que combater atitudes machistas. Não é a toa que [a repressão durante] o dia 29 de abril foi contra uma categoria formada em 90% de mulheres”, disse ela, em referência aos professores que participaram do ato naquele dia.

A vice-prefeita de Curitiba, Mirian Gonçalves (PT-PR), discursou na parte final do evento. Ela criticou as tentativas de impeachment contra Dilma Rousseff que têm sido cogitadas e defendeu ações sociais do Partido dos Trabalhadores. “Toda nossa militância de trinta anos não vai cair com o golpe que estão tentando dar”, disse.

Protestos ocorreram nas principais cidades do país

Atos a favor do governo Dilma Rousseff aconteceram em 25 estados mais o Distrito Federal nesta quinta-feira, 20: AL, AM, AP, BA, CE, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, RO, RR, RS, SC, SE, SP e TO e no DF. As manifestações são organizadas pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Movimento dos Sem Terra (MST), Central de Movimentos Populares (CMP) e União Nacional dos Estudantes (UNE). Além do ‘Fora Cunha e da defesa do mandato de Dilma Rousseff, entre as palavras de ordem há também críticas ao ajuste fiscal.

Até o início da tarde ocorreram mobilizações em sete estados do país: Alagoas, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco e Paraná.

No período da tarde, as principais manifestações ocorreram em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em São Paulo, os protestos foram dirigidos ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Já no Rio, chamou a atenção uma faixa onde se lia: “Sérgio Moro: juiz da Globo e do PSDB!”

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Manifestantes a favor do governo do PT se reuniram na Praça Santos Andrade, em Curitiba
Os participantes ocuparam a escadaria do prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e praticamente um terço da praça
Por volta das 12h10 desta quinta-feira (20), o grupo partiu em marcha em direção à Boca Maldita
Os participantes do ato vestem roupas na cor vermelha e carregam bandeiras de movimentos pró-Dilma
Integrantes do Movimento Popular por Moradia (MPM) participaram do protesto entoando cânticos como “aqui tem um bando de louco, louco por moradia. Aqueles que acham que é pouco, não conhecem a noite fria”
A multidão proferiu gritos como “Fora Cunha” , em referência ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
Outro grito fortemente pronunciado no ato foi “não vai ter golpe”, em alusão à um possível processo de impeachment de Dilma
O ato reivindica cinco pontos principais: a defesa da Petrobras; a saída do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha,; a defesa da democracia, e o fim das terceirizações
Um carro da Polícia Militar (PM) acompanha os movimentos na Praça Santos Andrade
Manifestação pró-Dilma contava com 600 presentes na última contagem da PM, que ocorreu logo antes da saída dos manifestantes rumo à Boca Maldita
No Paraná os manifestantes também repudiam o risco de demissões a serem realizadas pelo banco HSBC, que foi comprado pelo Bradesco em junho e, com isso, colocou em xeque milhares de empregados.
Em discurso inicial do ato na praça, Regina Cruz, da CUT Paraná, destacou a aprovação, pela Câmara, do projeto de lei que regulamenta a terceirização no país. “Eduardo Cunha jogou uma bomba nos trabalhadores. Nós, das centrais sindicais, vamos lutar até o fim contra esse projeto”.
Representando a APP Sindicato na manifestação, Marlei Fernandes pediu a ampliação das lutas pelo fim da violência contra as mulheres
Muitas crianças estavam presentes no protesto, reforçando a natureza pacífica do ato
Inúmeros participantes carregaram crianças nos ombros durante a concentração na Praça Santos Andrade
O movimento ganhou força na Rua Marechal Deodoro. A estimativa dos organizadores em Curitiba é de reunir cerca de quatro mil pessoas na manifestação
Contando com a capital paranaense, atos em defesa da presidente serão realizados em 32 cidades do país