Fora São Paulo e Rio de Janeiro, os dados dos protestos no país recolhidos pelo governo até o início da tarde deste domingo (16) indicam a participação de cerca de 200 mil pessoas nos protestos. O número confirma as previsões iniciais do Palácio do Planalto de um dia de manifestações importantes, mas com menos pessoas que nos protestos anteriores, em março e abril.
O levantamento foi visto, até agora, como mais um “alívio” na crise política que atingiu a presidente Dilma Rousseff, mas que não pode ser encarado como uma vitória da petista.
Nas palavras de um assessor presidencial, o governo conseguiu estancar a “hemorragia” e, agora, a missão é recuperar a popularidade de Dilma. Isso porque os protestos deste domingo não arregimentaram mais manifestantes que os anteriores, mas ficaram muito mais centrados nas figuras da presidente Dilma e do ex-presidente Lula.
Segundo o assessor, o governo precisa dar sequência à busca de uma agenda para superar a crise econômica, que tem minado a popularidade da presidente. Até agora, a piora na avaliação do governo e de Dilma não se traduziu em maior número de manifestantes, o que é discretamente comemorado dentro do governo, mas é um “combustível” que pode explodir se o Palácio do Planalto não conseguir controlá-lo e, principalmente, desarmá-lo.
Reunião com Dilma
A presidente Dilma vai se reunir por volta das 17h com seus ministros da articulação política para avaliar os protestos de rua e definir se haverá ou não um pronunciamento oficial do governo.
Vão participar do encontro, no Palácio da Alvorada, os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Jaques Wagner (Defesa), Edinho Silva (Comunicação Social) e José Eduardo Cardozo (Justiça).
A posição pública do governo, caso haja, se dará por meio de uma declaração à imprensa ou uma entrevista coletiva -possivelmente de Cardozo.
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