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O governo deve enviar ao Congresso em agosto uma proposta de definição da nova rede de televisão pública. O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, disse nesta quinta-feira, que ainda não sabe se a proposta será encaminhada por medida provisória ou projeto de lei, mas acredita que a oposição não será empecilho para a nova rede.

- A primeira reação do Congresso tem sido muito positiva. Há pessoas na oposição que criticam, é um direito que têm, talvez critiquem porque, como oposição, acham que têm que criticar qualquer iniciativa do governo, talvez critiquem porque têm uma filosofia contrária à TV pública, acham que só deve ter TV comercial, mas acho que o debate político poderá ajudar a resolver isso - afirmou em entrevista à Agência Brasil.

O ministro acredita que várias dúvidas em torno do projeto já foram resolvidas com a própria discussão feita com a sociedade civil.

- Quando começou a se falar em TV pública, estávamos discutindo se ia ser TV do Lula ou não. Hoje em dia, ninguém mais fala nisso, o debate já resolveu isso. O debate político, diferente do que muitas pessoas pensam, faz as pessoas pensarem, refletirem, avançarem, mudarem de posição, posições que só revelam preconceito vão se debilitando. Não tenho dúvida de que a TV pública será vitoriosa nesse debate e será implantada no Brasil com o apoio do Congresso Nacional - destacou.

Segundo Franklin Martins, nos próximos dias o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai reunir os ministros envolvidos no projeto para "bater o martelo" em torno do modelo de gestão e de financiamento que será adotado pela nova rede. Depois disso, terá inicío uma fase mais prática, de como será o financiamento e a parceria do governo federal com as redes estaduais.

A expectativa é de que a nova rede de TV pública comece a operar em 2 de dezembro, quando tem início o sistema de televisão digital no Brasil.

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