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O deputado federal Roberto Freire (PPS-PE) disse que vai entregar nesta terça-feira uma representação à Procuradoria da República do Distrito Federal pedindo a investigação da violação do extrato bancário do caseiro Francenildo Costa. Nildo, como é conhecido o caseiro, afirmou em entrevistas e à CPI dos Bingos que o ministro Antonio Palocci freqüentava a casa em Brasília que servia para festas e reuniões de seus assessores em Ribeirão Preto, o que o ministro negara em depoimento à comissão. Para Freire, o caso é muito grave e representa um atentado ao regime democrático do país.

- Este foi um crime de ação pública que precisa ser apurado pelo Ministério Público sem vacilação. Os responsáveis têm que ser identificados e punidos. O governo não pode utilizar instituições para calar desafetos nem aterrorizar oposicionistas - afirmou o deputado, que esteve no Rio para receber uma homenagem na Câmara Municipal da cidade.

O extrato mostra que Nildo recebeu R$ 38.860 de uma conta corrente na Caixa Econômica Federal nos últimos três meses. Freire evitou acusar a Caixa ou qualquer membro do governo pela divulgação do documento, publicado pela revista "Época", mas disse que o crime poderia favorecer Palocci.

- Não posso acusar quem quer que seja, nem mesmo a Caixa. Mas o governo já tinha tentado calar o caseiro na CPI. Agora, a divulgação do extrato me parece uma tentativa de desclassificação dele como testemunha contra Palocci - disse o deputado, que é pré-candidato do PPS à Presidência da República.

Freire lembrou que foi um dos primeiros parlamentares a pedir a demissão de Palocci quando surgiram as primeiras denúncias contra o ministro, relativas à sua gestão na prefeitura de Ribeirão Preto.

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