Algemada e sentada lado a lado com Daniel e Cristian Cravinhos, Suzane von Richthofen não chora. Ao contrário, chega a gargalhar no plenário do Tribunal do Júri diante da atuação teatral de seu advogado, Mauro Nacif. É um comportamento muito diferente daquele que os advogados de defesa citam para explicar a participação de Suzane na morte dos pais. A tese da defesa é a de uma garota frágil, indefesa e manipulada pelo namorado, por quem estava perdidamente apaixonada.
Os advogados de Suzane afirmam que podem pedir a anulação do júri também porque Cristian Cravinhos mentiu. Desde o primeiro dia do julgamento, eles colecionam detalhes que possam justificar o pedido de anulação, que já anunciaram que vão apresentar à Justiça. O principal motivo seria a realização do julgamento junto com os Cravinhos, já que as teses de defesa são contraditórias.
Ao contrário de Suzane, a família Cravinhos chora. Nesta quarta-feira, as lágrimas foram a tônica do depoimento da mãe deles, Nadja Cravinhos . Mais tarde, o pai também chorou quando Cristian Cravinhos voltou atrás e admitiu ter mentido no primeiro dia do julgamento , quando disse que não matou Marísia von Richthofen. Daniel Cravinhos também mentiu, assumindo a culpa no lugar do irmão. A tese já tinha sido contestada em depoimento da delegada que investigou o caso e da perita do Instituto de Criminalística, que disse ser impossível o crime ter sido praticado por uma só pessoa.
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