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Segundo candidato à prefeitura de Curitiba entrevistado pela ÓTV, o ex-deputado Gustavo Fruet defendeu sua saída do PSDB e sua ida para o PDT, além de sua aliança com o PT – classificada por ele como "programática". Fruet também fez críticas à atual gestão do município e elencou a melhora da saúde pública, da mobilidade e da segurança como suas principais propostas para a cidade.

A ÓTV, canal 11 da Net Digital, vai entrevistar todos os candidatos à prefeitura de Curitiba nesta semana e na próxima. Na terça-feira (18), o entrevistado foi o prefeito Luciano Ducci (PSB). Nesta quinta, às 21h05, Bruno Meirinho (PSol) será o entrevistado e, na sexta, é a vez de Rafael Greca (PMDB). Os programas serão reprisados no próximo sábado, a partir das 16h.

O ex-deputado justificou a troca de partidos dizendo ter sido isolado dentro do seu antigo grupo político. "Derosso [ex-presidente municipal do PSDB] vetou minha candidatura, com o silêncio do atual prefeito [Luciano Ducci] e com o aval do governador [Beto Richa]. Fiquei numa encruzilhada", queixou-se. Ele disse, também, que não se arrepende da decisão. "Cada um é guardião de sua história. Mas tive que romper o isolamento e fazer uma aliança programática".

Apesar disso, Fruet defendeu sua atuação durante a crise do mensalão, alegando que sua atuação não foi contra o PT, atual aliado, e sim contra a corrupção, que atingia também outros partidos. "Nunca entrei no combate institucional com nenhum partido, muito menos com o PT", disse. Em 2005, Fruet era membro do Conselho de Ética da Câmara, quando os deputados Roberto Jefferson (PTB-RJ), José Dirceu (PT-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE) foram cassados.

O candidato afirmou, também, que deve explicar para seu eleitor que a aliança com o PT é "a favor da cidade". Fruet disse, também, não saber se Lula vai apoiar sua candidatura, mas minimizou a importância da questão. "Espero ter importantes apoios para construir diálogos mais para frente, mas essa é uma candidatura da qual quero ser o protagonista. Não sou o candidato de ninguém e não represento o grupo econômico ou político de ninguém", disse, alfinetando os adversários.

Prioridades

Durante a entrevista, Fruet também elencou algumas de suas prioridades caso seja eleito prefeito. "A saúde pública está a beira de um apagão logístico, apesar de seu histórico de qualidade", criticou. Ele propõe ampliar os horários de atendimento e recuperar o respeito ao servidor.

Fruet também criticou a gestão do transporte público na cidade. "Curitiba amadureceu, mudou de escala, e mostra necessidade de recuperar a inovação, o caráter de cidade pioneira. O transporte público perdeu 14 milhões de usuários nos últimos quatro anos, ou seja, não está atendendo às demandas da população", disse. O ex-deputado disse, ainda, que o projeto do metrô precisa ser rediscutido com a cidade, já que ele atende a apenas 15% da população e reforça a concentração da população na região central.

O candidato falou também em fortalecer a ocupação urbana nos bairros, buscando descentralizar a cidade, e ampliar o número de usuários de bicicleta como meio de transporte para entre 5 e 10% da população. Fruet falou, também, que acredita ser possível ampliar a média de escolaridade dos curitibanos de 8 para 13 anos.

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